De Palmeira dos Índios, Miss Alagoas que trabalhou para grifes internacionais morre aos 88 anos

Morreu nesta sexta (25), a Miss Alagoas de 1955, Bertini Motta de Barros, aos 88 anos. Natural de Palmeira dos Índios, ela ganhou o título de Miss Elegância naquele ano. Ela teve uma carreira de sucesso, chegando a trabalhar para as grifes Paco Rabanne e Pierre Cardin.
O concurso de 1955 foi vencido pela cearense Emília Correia Lima. Aos 18 anos, a moça do Agreste de Alagoas, que já havia sido eleita Rainha da Primavera em Maceió, foi convidada para participar do concurso de miss.
A mãe de Bertini, dona Laura, ficou escandalizada, não queria expor a filha, sétima na fileira de 11 crianças. Levou a garota para falar com o padre, que delegou a decisão ao pai de Bertini, José Pinto de Barros.
“Para mim, isso não é surpresa, porque ela já é uma miss desde que nasceu”, consentiu o pai, que viria também a ser prefeito de Maceió durante a ditadura. Dona Laura conformou-se e assumiu o papel de chaperona da filha, acompanhando-a a São Paulo e ao Rio de Janeiro, depois que ela foi eleita miss Alagoas, para o concurso nacional de miss.
Perder o título de Miss Brasil não impediu que Bertini fosse homenageada pela Marinha cearense, por exemplo – um navio trazendo uma faixa com seu nome atracou no porto, onde lhe ofereceram uma festa. Ou que fizesse viagens pelo Brasil para inaugurar supermercados. A participação no concurso de miss abriu as portas para que ela, com seus 90 cm de busto, 52 cm de cintura e 90 cm de quadril, partisse para as passarelas. Os tecidos dos vestidos de gala usados na noite do evento foram cedidos pela Casa Canadá, que convidou Bertini para ser manequim profissional por 8 cruzeiros por mês, “um dinheirão”. Bertini desfilava para três grifes cariocas. Fez figurações em novelas como Felicidade e no humorístico Chico Anysio Show.
Bertini Motta
Bertini Mota residia no Rio de Janeiro e trabalhou durante muitos anos na coordenação do concurso Miss Brasil, na condição de chaperona.
Foi casada duas vezes e não teve filhos, mas adotou Taís, filha de uma ex-empregada com o porteiro do prédio onde morava. Nascida em um 6 de abril, seu pensamento preferido era “Aprendi com a primavera a me cortar e voltar sempre inteira”, de Cecília Meireles.
Palmeira dos Índios perde uma de sua figuras ilustres.
O jornalista Ivan Barros quando escrevia para Manchete, na década de 70, em uma reportagem sobre Bertini Motta, escreveu que Palmeira dos Índios era a “terra da mulher mais bela de Alagoas”.
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