Mulher fraturou as pernas ao tentar fugir da polícia e precisou ser carregada após prisão

Por redação com Extra 06/01/2022 09h09
Por redação com Extra 06/01/2022 09h09
Mulher fraturou as pernas ao tentar fugir da polícia e precisou ser carregada após prisão
Segundo a polícia, Thalita se valia da aparência para atraír vítimas - Foto: Foto: Reprodução

Presa na última terça-feira após ser localizada em casa, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Thalita Silva Teixeira, de 19 anos, fraturou as duas pernas ao tentar pular um muro enquanto fugia dos policiais. Um vídeo mostra a jovem sendo carregada, sem tocar os pés imobilizados no chão, na chegada à 54ª DP (Belford Roxo), responsável pela investigação que culminou na prisão. Segundo a Polícia Civil, ela está envolvida com vários roubos na região dos bairros Itaipu e Shangri-Lá, na mesma cidade.

No mais recente deles, ocorrido no fim da madrugada do primeiro dia útil do ano, testemunhas chegaram a reconhecer Thalita como uma assaltante que, na garupa de uma moto, portava um fuzil durante uma sequência de crimes que fez pelo menos cinco vítimas, que tiveram celulares e outros pertences levados. A atuação da jovem fez com que ela ficasse conhecida nas redes sociais como "Gata do 157" — uma referência ao artigo do Código Penal que tipifica o crime de roubo.

A investigação da 54ª DP descobriu que, inicialmente, Thalita aproveitava a aparência física para atrair possíveis vítimas de roubo, e o crime acabava cometido por outros membros da quadrilha, entre eles o namorado da jovem. Mais tarde, contudo, ela também passou a ter participação mais ativa nos assaltos.

— Ela se valia das características físicas, da beleza e da boa aparência para se aproximar de eventuais vítimas e apontar possíveis alvos ao resto do bando. Depois, o grupo utilizava o forte armamento bélico para efetuar os roubos, fosse a residências ou nas ruas. Só que na noite em questão, pelo relato das testemunhas, ela acabou se envolvendo muito mais ativamente da empreitada criminosa — detalha o delegado Alexandre Netto, da 54ª DP.

Até ser presa, Thalita não tinha nenhuma outra passagem pela polícia, mas informações colhidas pelos investigadores indicam que ela já se envolveu com um importante miliciano da região, atualmente preso, com quem chegou a ter um filho, que hoje tem 4 anos. Depois, os dois se separaram e ela iniciou a nova relação, com um homem que seria ligado ao tráfico de drogas.

O companheiro atual da jovem foi identificado como Luan Nascimento Duarte Silva, de 18 anos, e é considerado foragido desde o dia 29 de dezembro, quando teve a prisão temporária decretada pelo plantão judiciário. Na mesma data, a juíza Maria Izabel Pena Pieranti tomou decisões semelhantes sobre Darlan Nascimento Duarte Silva, irmão de Luan, e Fabiano da Hora, outros dois integrantes do bando.

Além do envolvimento em pelo menos quatro roubos investigados pela 54ª DP, o trio masculino que compõe o grupo também é acusado de outros crimes, como estupros e estupro de vulnerável. Segundo a Polícia Civil, em parte dos assaltos eles chegavam a cometer abuso sexual contra vítimas mulheres. Em um dos casos, isso aconteceu a uma mãe e a filha, de apenas 13 anos. Luan, Darlan e Fabiano também estariam envolvidos em homicídios e tentativas de homicídios, em inquéritos que correm na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).