Advogado preso por injúria racial enviou áudios para o filho ameaçando a ex

Por Sidinéia Tavares/Redação com Metropoles 19/12/2021 15h03 - Atualizado em 19/12/2021 15h03
Por Sidinéia Tavares/Redação com Metropoles 19/12/2021 15h03 Atualizado em 19/12/2021 15h03
Advogado preso por injúria racial enviou áudios para o filho ameaçando a ex
Advogado preso por injúria ameaçou a ex - Foto: Redes sociais

Preso na última quarta-feira, 15, por crime de injúria racial contra uma jovem em um estabelecimento comercial, já havia enviado áudios, para o filho de dez anos, ameaçando a ex-companheira.

Identificado como Everardo Braga Lopes, o advogado na última quarta chamou uma jovem de preta fedorenta. Porém, em novembro deste ano, a ex-esposa de Everardo o havia denunciado. Em tom de ameaça, ele ordenou que o filho de dez ano mostrasse mensagens à mãe, a qual ele chamava de puta e vagabunda. Além das ofensas, o advogado acusou a ex-companheira de ter dois amantes.

“Ô puta, tua qualificação já esgotou vagabunda”, começa o homem. Depois, ao falar dos supostos amantes, Everardo afirma que “os dois são bandidos e estão te comendo de graça, vagabunda. Mas eles não tem pau e chupam essa b*** fedorenta e escorrenta {sic}. Tu tá f***”.

Segundo a denúncia da ex esposa do advogado, eles separaram amigavelmente em maio de 2021. Everardo continuou a pagar algumas contas da esposa, entre elas a de telefone. O homem então pegou a descrição detalhada dos números para quem a mulher fez ligações e entrou em contato com todos eles. Depois disso, ele teria ficado agressivo, ciumento e passou a monitorá-la. Então, a ex-mulher pediu medidas protetivas, que foram deferidas e valem até 31 de janeiro de 2022.

Injúria racial

Everardo está preso desde quarta, depois de xingar uma jovem em um supermercado no Itapoã. Na audiência de custódia desta sexta-feira (17), ele foi posto em liberdade em relação às acusações de injúria racial, mas mantido preso preventivamente em decorrência das infrações previstas na Lei Maria da Penha.

Imagens do circuito interno de câmeras de segurança do mercado registraram o momento em que o advogado dispara palavras de injúria contra a jovem. A vítima alegou ter sido humilhada após pedir para que o autor usasse máscara. Revoltado, ele a xingou de “nojenta”, “preta” e “fedorenta”.