Em audiência de custódia, Justiça mantém presos militares suspeitos de cobrança de propina

Após audiência de custódia, na manhã desta quarta-feira (15), a Justiça manteve a prisão dos quatro suspeitos de envolvimento no esquema que cobrava propina a condutores flagrados em infrações de trânsito. Dentre os presos, estão três policiais do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), custodiados no Presídio Militar, por determinação da 17ª Vara Criminal da Capital.
Eles estão detidos por força de uma determinação de prisão temporária, com duração de 5 dias (termina na próxima sexta-feira), que pode ser renovada por igual período, mas, segundo a assessoria de comunicação do Ministério Público de Alagoas (MPAL), os promotores que integram o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) já avaliam a necessidade de pedir a prisão preventiva.
A defesa de dois dos três militares e do homem apontado como ajudante do esquema, todos presos durante a operação PIX, informou que ingressaria com pedido de revogação da prisão temporária nesta quarta-feira. A alegação é de que não há risco para a investigação, os suspeitos têm residência fixa, conduta ilibada e, portanto, não há elementos para justificar uma possível prisão preventiva.
O advogado que atua no caso disse acreditar que as suspeitas de cobrança de propina, atribuídas a estes servidores e ao homem preso, não passam de um mal entendido, de um equívoco.
O advogado Raimundo Palmeira foi contratado para acompanhar dois integrantes da guarnição alvo da ação policial, inclusive daquele que comandava o grupo nas blitz. O defensor avalia que terá condições, ao longo da instrução do processo judicial, de comprovar o provável ‘equívoco’ cometido pela investigação, tocada pelos promotores do Grupo de Atuação Especial e Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).
Segundo ele, o fato de os militares terem sido presos pela acusação, de cobrar propina para livrar condutores de infrações de trânsito se configura em uma grande surpresa.
“Ainda estamos conhecendo a acusação com mais profundidade para saber quais os elementos probatórios que existem e foram considerados pelos investigadores, mas adianto que o comandante da guarnição tem conduta e uma ficha funcional exemplar”.
Palmeira analisa que, com a tramitação do processo e o desenrolar da apuração do caso, as denúncias não devem ser provadas contra a guarnição.
“Nas fases apuratórias, só precisam de elementos indiciários, e, quando se trabalha com escutas telefônicas, às vezes termos ambíguos dão uma impressão de uma situação que, efetivamente, depois da apuração, se prova que não existe. Esperamos ter condições de provar a inocência deles”.
A investigação comandada pelo Gaeco interceptou diálogos de militares do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), negociando o valor de propina a ser recebido por meio de ‘pix’. Nestas conversas, os policiais informavam ao condutor o número da chave da conta para onde deveria ser transferido o dinheiro. Era a condição imposta para que a infração de trânsito, flagrada nas blitze, não fosse registrada.
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