Policial militar acusada de participar de esquema de propina foi presa em Arapiraca

Por Redação com GazetaWeb 13/12/2021 18h06
Por Redação com GazetaWeb 13/12/2021 18h06
Policial militar acusada de participar de esquema de propina foi presa em Arapiraca
Material apreendido - Foto: Assessoria

A policial militar pertencente ao Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), em Maceió acusada de participar de um esquema que cobrava propina para liberar motoristas autuados por infrações no trânsito foi presa na manhã desta segunda-feira (13) no conjunto Belo Jardins, no bairro Boa Vista, em Arapiraca, no Agreste de Alagoas.

Dois cabos, que residem em Maceió, e a soldado formavam a guarnição Rotran 1. No começo dos trabalhos, os promotores investigaram duas guarnições do batalhão, a Rotran 1 e Rotran 2. De imediato foi identificado que o titular da conta bancária para onde a propina era enviada não é Policial Militar, e que ele trabalha como corretor de planos de saúde e odontológicos.

Com o caminhar das investigações, a participação da Rotran 2 foi descartada, mas em relação à Rotran 1, “foi possível obter fortes indícios de autoria e materialidade, sobretudo dos delitos de concussão."

Os documentos mostram que as investigações começaram em julho deste ano e detalham a forma como os policiais agiam. “Abordavam aleatoriamente motoristas em via pública, e em caso de encontrar possível irregularidade, obrigavam o condutor a pagar propina com o intuito de não ter a multa aplicada, e até mesmo a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou o próprio veículo recolhido", informa trecho da representação.

Os promotores continuam narrando que o pix era a alternativa usada pelos militares para as pessoas que não tinham dinheiro em espécie para pagar o suborno. “Para aqueles motoristas que no momento da abordagem alegavam não possuir dinheiro para escapar da multa e consequentemente a apreensão de sua CNH e veículo, era oferecida a modalidade de 'pagamento da propina via PIX'".

“Assim, para deixar o cidadão sem alternativas, os suspeitos, de forma deliberada e cinicamente, obrigavam a serem feitas transferências bancárias, via PIX, só liberando o veículo e o motorista após a comprovação da operação bancária”, detalha o documento.