Prefeitos alagoanos comemoram aumento de 1% no FPM que 'vai tirar prefeituras do sufoco'

Por Sidinéia Tavares/Redação com Ascom AMA 31/10/2021 10h10
Por Sidinéia Tavares/Redação com Ascom AMA 31/10/2021 10h10
Prefeitos alagoanos comemoram aumento de 1% no FPM que 'vai tirar prefeituras do sufoco'
Aumento de 1% no FPM - Foto: Divulgação CMN

Foi promulgado na última quarta-feira, 27, o aumento de 1% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), decisão bastante comemorada pelos prefeitos alagoanos, que esperam tirar as prefeituras do sufoco.

Segundo a AMA (Associação dos Municípios Alagoanos) a conquista histórica – resultado da atuação incansável do movimento municipalista encabeçado pela CNM – deve representar R$ 6,5 bilhões anuais para os cofres municipais a partir de 2025.

Com a promulgação, as prefeituras irão receber o repasse do FPM de forma gradual, sendo 0,25% nos próximos dois anos; 0,5% em 2024; e 1% de 2025 em diante.

Durante a cerimônia de promulgação, o presidente da Conselho Nacional dos Municípios (CNM) pontuou que a promulgação da matéria representa um enorme passo para minimizar os entraves financeiros vivenciados nos últimos anos pelos gestores municipais e demonstrou gratidão a todos os parlamentares que se sensibilizaram pela causa municipalista.


“Hoje é um momento de agradecermos. É o momento de os Municípios virem aqui e dizer a importância desse avanço. Esse trabalho representa agora, uma vez implementado o 1% do FPM de setembro, R$ 15 bilhões anualmente para os Municípios do Brasil. Isso é muito significativo, porque entra com despesa disponível, não vinculada e não entra na diminuição dos 20% do Fundeb. Portanto, é um valor significativo para os prefeitos tentarem suportar a difícil realidade financeira. Hoje é dia de comemorar. Desse repasse, 25% vai para a Saúde, 15% para a Educação, ou seja, vai para o remédio, para o combate à pandemia e outras ações”, enfatizou o líder municipalista.

Ao promulgar a EC 112/2021, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também destacou as adversidades enfrentadas pelos gestores municipais e considerou que a promulgação vai trazer um pouco de alento aos Municípios. “É uma honra e um momento de júbilo participar dessa sessão solene em que se dá um importante passo para reafirmar o princípio federativo que orientou a criação da nossa república, contribuindo para a saúde financeira e assegurar a efetivação da autonomia dos Municípios, que tem enfrentado uma grave crise há muito tempo. Buscamos agir com a maior celeridade possível (…)a situação financeira dos Municípios piorou. Aumentar o repasse ao FPM constitui mecanismos eficientes para combater a fragilidade fiscal desses Entes.”, disse.

Queda nos repasses

O pleito adicional de 1% do FPM de setembro iniciou em 2017 como demanda dos prefeitos do Nordeste que estavam em profunda crise financeira. Os gestores procuraram a CNM, que começou a sensibilizar os parlamentares sobre a necessidade da criação desse recursos em setembro, período em que o repasse do FPM tende a apresentar queda drástica. Historicamente, o desempenho da arrecadação entre junho e outubro é bastante inferior ao primeiro semestre em função da restituição do Imposto de Renda. Nos últimos 5 anos, o repasse do mês de setembro foi um dos piores do ano”, explicou o líder municipalista.