Projeto realizado em Coruripe termina com colheita de 250 toneladas de feijão para 300 famílias

Por Redação, com Assessoria 14/08/2021 15h03 - Atualizado em 14/08/2021 15h03
Por Redação, com Assessoria 14/08/2021 15h03 Atualizado em 14/08/2021 15h03
Projeto realizado em Coruripe termina com colheita de 250 toneladas de feijão para 300 famílias
Projeto termina com grande colheita - Foto: Roberto Miranda

A Festa da colheita do Projeto Maná, idealizado pela Prefeitura de Coruripe, em parceria com a Usina Coruripe, aconteceu nesta sexta-feira (13) na Fazenda Fundo Capitão. Ao todo, 250 toneladas do feijão foram colhidas em três áreas cedidas pela usina.

O feijão colhido foi revertido para as 300 famílias que realizaram o cultivo. Um dos agricultores era a dona Valdenice dos Santos, que ainda estava colhendo o feijão do seu lote, mas fez questão de falar. “O feijão estava muito caro e o projeto foi bom para ajudar todos nós. Vamos comer e se sobrar, vamos vender também, pois o dinheiro do feijão vai se transformar em farinha e mistura”, destacou.

Falante, dona Valdenice ressaltou também que, de tão bom, muitas pessoas desconfiaram do projeto e não quiseram participar. “O pessoal da prefeitura foi de casa em casa chamar e teve gente que não quis, mas quem acreditou abraçou e agora estamos colhendo os resultados”, refletiu.

Outro que estava feliz da vida foi o agricultor João Ferreira, que tem 47 anos de idade e trabalha na roça desde os 12. Para ele, o Projeto Maná veio numa boa hora, principalmente por causa da pandemia. “Conheço muita gente que estava parada sem emprego, passando necessidade, comendo até do lixo sem trabalho. Agradeço muito a prefeitura e a usina, é um projeto muito bom, nunca tínhamos ‘pegado’ uma oportunidade como essa. Estou muito satisfeito, esse projeto é de uma riqueza para a gente sem tamanho”, falou emocionado.

O projeto foi executado com recursos próprios da prefeitura. R$ 88 mil foram investidos na compra de sementes, foi disponibilizada também a estrutura da Secretaria de Agricultura, como maquinários e funcionários para a gradagem do solo, equipe técnica para dar suporte aos produtores rurais e transporte aos agricultores.

Na prática, a Usina Coruripe, proprietária das terras, cede as áreas à gestão municipal durante o período de entressafra da cana-de-açúcar, terras que ficariam ociosas entre os meses de fevereiro e agosto.

A área de 150 hectares foi dividida por lotes, com o nome do agricultor e o povoado a qual pertence o beneficiado, que recebeu 15 kg de sementes já plantadas.

O resultado médio da colheita, para cada família, foi de 10 sacos de feijão carioca, o que equivale a meia tonelada.

O projeto contempla agricultores que estavam no período de entressafra, pessoas desempregadas e aposentados com perfil de agricultor familiar. Mais uma edição está sendo articulada com a Usina Coruripe para o ano que vem.

Segundo a prefeitura, a meta é dobrar o número de famílias, já que a Usina Coruripe garantiu que vai dobrar o total da área cedida. "Para isso, iremos criar algumas contrapartidas, como por exemplo matrícula dos agricultores no ensino fundamental para quem ainda não estudou, que seus filhos estejam com o cartão de vacinação em dia, entre outras exigências que tem como objetivo melhorar a vida dessas pessoas”, afirmou o prefeito da cidade, Marcelo Beltrão.