Concessão de medidas protetivas cresce quase 44% em Arapiraca

O Juizado da Mulher de Arapiraca concedeu 164 medidas protetivas a vítimas de violência doméstica, de janeiro a julho deste ano. O número é quase 44% maior do que o registrado no mesmo período de 2020.
De acordo com o juiz Alexandre Machado, a pandemia agravou a situação. "A mulher acaba tendo um período mais longo de convivência com o agressor. Também houve perda da renda familiar e observamos que o aspecto financeiro é um dos fatores que contribuem para essa violência".
Ainda segundo o magistrado, as solicitações de medidas protetivas que chegam ao Juizado são analisadas de forma imediata. "Se ali estiverem presentes os requisitos, nós concedemos. O processo volta à secretaria para cumprimento e é feita a intimação do suposto agressor e da vítima. A decisão também é encaminhada à Patrulha Maria da Penha para acompanhamento".
Agir rápido nesses casos, lembrou o juiz, é fundamental. "Sabemos que a demora na concessão de medidas pode colocar a vida da vítima em risco", afirmou Alexandre Machado, ressaltando que o descumprimento da decisão é crime sujeito à prisão.
Mapa da violência
Em março deste ano, o Juizado divulgou um mapa da violência doméstica em Arapiraca. O documento foi elaborado após análise dos autos processuais de medidas protetivas deferidas em 2020.
A pesquisa mostrou que 73% dos agressores são ex-companheiros das vítimas. Companheiros atuais representam 16,9%. Quase a totalidade (83%) já tinha histórico de violência, de acordo com as informações fornecidas pelas vítimas nos processos.
Segundo Alexandre Machado, cerca de 80% dos processos do Juizado são de casos em que a violência aconteceu dentro do lar. "A residência, para essa vítima, é o lugar mais perigoso", reforçou.
Para o juiz, tão importante quanto a atuação da Justiça no combate à violência doméstica é a participação da sociedade. "Nada vale termos tantas ferramentas à disposição se os casos não chegam ao nosso conhecimento. Temos um alto índice de subnotificação, daí a importância de a sociedade participar desse enfrentamento".
E reforçou: "Quem souber de alguém que está passando por situação de violência doméstica e familiar, denuncie. Ligue 180 ou 190 ou procure o Juizado, Ministério Público, Defensoria Pública e Ordem dos Advogados. É fundamental levar o caso ao conhecimento da rede de proteção".
Últimas Notícias

Com nova tecnologia de ponta, Arapiraca reforça cuidado a pessoas com ISTs

Tentativa de chacina deixa dois mortos e vários feridos no Interior do Ceará

VÍDEO: Jacaré que estava perto de residências é resgatado por moradores em Arapiraca

Motorista que retornava de pescaria provoca engavetamento em frente ao shopping, em Arapiraca

VÍDEO: Casal vive momento de romance em cima de capô de carro na Bahia
Vídeos mais vistos

Ronaldo Lessa visita obras do Hospital Metropolitano em Arapiraca

Morte em churrascaria de Arapiraca

Festa termina com jovem morta e dois feridos no Agreste alagoano

Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca
