Alagoano fala sobre sintomas após ser internado com suspeita da doença da urina preta

Por Redação 30/07/2021 17h05
Por Redação 30/07/2021 17h05
Alagoano fala sobre sintomas após ser  internado com suspeita da doença da urina preta
Amaro apresentou sintomas de doença da urina preta - Foto: TNH1

O alagoano, educador físico, Amaro Júnior, é um dos pacientes que foi internado, em Maceió, com suspeita de doença da urina preta, conhecida no meio médico como Síndrome de Haff. Morador de Atalaia, Amaro afirmou que consumiu peixe no almoço, no dia 20 de julho.

A peixe foi consumido em um restaurante no Povoado Massagueira, em Marechal Deodoro. Segundo ele, os sintomas, de dores no corpo, começaram a aparecer no mesmo dia. Amaro já teve alta hospitalar.

"Foi feriado na cidade, numa terça-feira, e decidimos sair para almoçar.Foi tudo normal, escolhemos o peixe dourado, já evitando o peixe arabaiana devido ao que teve com a mulher em Recife. E tive um dia normal, depois saímos, joguei futebol à noite e vim sentir os sintomas por volta de 23h30", contou ele em entrevista à TV Pajuçara.

"Aí iniciou com dores leves na região cervical, descendo para os ombros, e pouco tempo depois, já estava sentindo fortes dores pelo corpo. Rapidamente a gente foi para Maceió, para o hospital, para fazer o atendimento. E descobrimos o porquê disso [...] Quando cheguei lá as dores estavam bem agudas, principalmente na região abdominal, e tive que ser medicado com morfina. Só veio aliviar por volta de 5h da manhã", acrescentou.

A suspeita de Síndrome de Haff ocorreu após ele ir ao banheiro e perceber que a urina estava com cor escura. Com isso, a equipe seguiu o tratamento com hidratação, pela suspeita da doença.

"A princípio, lá no hospital, a equipe médica não fez o tratamento em cima dessa possibilidade. Eles investigavam uma possível intoxicação através da musculatura, devido à prática de atividade física intensa, já que eu joguei futebol na segunda e na terça, mas eu tenho costume disso. Até achei estranho, porque sempre faço", disse.

"Como não tinha caso no estado referente a isso, eles não trataram no início como Síndrome de Haff, a doença do peixe. Eles me trataram como musculatura fadigada, liberando toxina que afeta o fígado e os rins [...] Quando coletaram a primeira urina, ela saiu bem escura mesmo, preta. Depois de dois dias, o tratamento foi à base de soro, muita hidratação, que é o tratamento correto. E nesses dias, houve entradas no hospital com os mesmos sintomas que eu tive, e com pessoas que comeram o mesmo peixe que eu, e no mesmo local", continuou o educador físico.