Por fraude de R$ 435 milhões, MPE denuncia trio por lavagem de bens e falsidade ideológica
Trio está preso em foi denunciado 203 vezes por falsidade ideológica e 41 por lavagem de bens

O Ministério Público de Alagoas, através do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), denunciou Evandro Franco de Almeida, Marcela de Fátima Momesso Franco de Almeida (que são casados) e José Eduardo Massa por crimes de lavagens de bens e falsidade ideológica.
O trio liderava uma organização criminosa (Orcrim) altamente especializada em fraudes societárias e fiscais que podem chegar à R$ 435 milhões. O grupo está preso desde a realização da operação Noteiros, ocorrida em maio deste ano em Alagoas e São Paulo.
Todos os réus foram denunciados 203 vezes pelo crime de falsidade ideológica e outras 41 vezes por lavagem de bens, além de organização criminosa. Se condenados conforme requereu o Gaesf, eles podem ser submetidos a uma pena máxima de 1.453 anos de reclusão para cada um. Os três seguem presos no sistema penitenciário alagoano, e anteriormente, residiam no município de Sorocaba, interior de São Paulo.
Os demais 12 integrantes da Orcrim, já devidamente identificados, serão denunciados em ações penais separadas por seus núcleos de atuação e estarão sujeitos a penas que poderão alcançar até 500 anos de reclusão.
O esquema
De acordo com o Gaesf, as fraudes aconteceram por meio da emissão de mais de 20 mil notas fiscais fraudulentas, no valor aproximado de R$ 4 bilhões de reais, através de 102 empresas de fachada, com informações inverídicas relativas a propriedade e gestão desses estabelecimentos comerciais, que, na prática, jamais existiram. Estas empresas são conhecidas como paper companies.
Para o cometimento dos ilícitos penais havia participações criminosas de contadores, empresários, “testas de ferro” e “laranjas”. E, além dos investigados em AL e SP, o Ministério Público também apura o envolvimento de mais pessoas em outras unidades da federação.
A operação
Em 12 de maio deste ano, o Gaesf do MPAL, com o apoio do Ministério Público de São Paulo, da Secretaria de Fazenda de São Paulo e da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo, deflagrou a operação Noteiras, que teve o objetivo de desarticular uma organização criminosa que se especializou em causar prejuízo aos tesouros estaduais alagoano e paulista. À época, ao todo, foram expedidos 77 mandados judiciais, todos da 17ª Vara Criminal da Capital. Em Alagoas foram 10 de prisão e, para São Paulo, outros 14. Já de busca e apreensão foram 37 no estado paulista e mais 16 em Maceió.
Além disso, a pedido do Gaesf, o Judiciário alagoano também determinou o bloqueio de 265 contas-correntes de pessoas físicas e jurídicas, no valor total de R$ 435.132.254,09.
Últimas Notícias

Veja regras para ser instrutor de CNH sem vínculo com autoescola

Mega-Sena acumula novamente e prêmio principal vai para R$ 48 milhões

Moraes autoriza investigação sobre interferência de Bolsonaro na PF

Motorista de ônibus de viagem dormiu e causou acidente que matou 4 pessoas na BR-040, conclui polícia

Lula e Trump devem se encontrar em breve, diz Mauro Vieira
Vídeos mais vistos

Morte em churrascaria de Arapiraca

Superintendente da SMTT fala sobre mudanças no trânsito de Arapiraca

Festa termina com jovem morta e dois feridos no Agreste alagoano

Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca
