Cantora gospel Cristiane Ferr, defensora do tratamento precoce, morre de Covid

Por Notícias ao Minuto 17/06/2021 09h09
Por Notícias ao Minuto 17/06/2021 09h09
Cantora gospel Cristiane Ferr, defensora do tratamento precoce, morre de Covid
Cristiane Ferr - Foto: Reprodução

A cantora e compositora gospel Cristiane Ferreira de Souza, 48, conhecida como Cristiane Ferr, morreu, no dia 11 de junho, em Juiz de Fora (MG), por complicações da Covid-19. Famosa no cenário gospel nacional, Ferr tinha mais de 20 anos de carreira.


Ela iniciou o tratamento contra a doença em casa, mas seu quadro piorou rapidamente e chegou a ter 100% dos pulmões comprometidos. A mãe da cantora também foi infectada pelo coronavírus e permanece em tratamento.


Cristiane Ferr era natural do Rio de Janeiro, mas morava em Juiz de Fora. A artista também tinha formação em fisioterapia e exercia a profissão.


A artista trabalhou no estúdio Prata Music durante cerca de dez anos, segundo o proprietário do local, Humberto Almeida Prata. À reportagem ele elogiou a parceria e o profissionalismo da cantora.


No dia 5 de dezembro de 2020, ela havia compartilhado uma mensagem em rede social incentivando o chamado tratamento precoce contra a Covid-19 com o uso de ivermectina, azitromicina ou hidroxcloroquina. No comentário do post escreveu "eu tomei".


"Se você tomou ivermectina, azitromicina ou hidroxcloroquina poste no Facebook, e se não precisou tomar e é a favor, poste que é a favor. Seremos a maioria. Vamos forçar as prefeituras a começarem a prevenção urgente. E fazer a distribuição gratuita", diz o texto compartilhado.


Na mesma rede social, compartilhou mensagem com a hashtag "fica em Casa" e "obedecer é melhor do que sacrificar", escreveu.


Evidências científicas mostram que os remédios dos chamados "kit Covid" ou "tratamento precoce" não tratam nem previnem a Covid-19.


A hidroxicloroquina para tratamento de Covid-19 foi a droga mais estudada desde o início da pandemia, com 268 pesquisas científicas registradas em 55 países, mas sua eficácia não foi comprovada nem para tratamento de pacientes internados nem como medida profilática, de acordo com as pesquisas científicas que utilizam o chamado padrão-ouro do método científico.