Suzane Richthofen faz Enem e obtém nota para concorrer a vaga em graduação

Por da redação com UOL 30/04/2021 18h06
Por da redação com UOL 30/04/2021 18h06
Suzane Richthofen faz Enem e obtém nota para concorrer a vaga em graduação
Suzane Richthofen - Foto: Reprodução

Suzane Von Richthofen prestou o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e obteve nota para concorrer a uma vaga em um curso de ensino superior. A detenta foi condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais.

Em nota, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) informou ao UOL que Suzane ainda não escolheu o curso que tentará ingressar.

"A sentenciada Suzane Louise Von Richthofen obteve nota (ENEM/PLL) suficiente para vaga em Ensino Superior, porém, até o presente momento, não manifestou interesse em promover inscrição", disse a SAP.

Suzane poderá manifestar interesse em vagas do Prouni (Programa Universidade para Todos) e Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior).

A detenta cumpre pena no regime semiaberto em Tremembé, no interior de São Paulo, e está entre os 263 presos do Vale do Paraíba que obtiveram nota mínima para concorrer às vagas por programas de incentivo estudantil do Ministério da Educação ou diretamente nas instituições de ensino.

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O histórico de Suzane com o ensino superior remete a uma série de tentativas frutradas, com início ainda em 2016, quando a detenta recebeu autorização para cursar uma graduação.

Na altura, ela chegou a frequentar as aulas do curso de administração de uma faculdade particular, mas pro medo do assédio fora da prisão, pediu para realizar o curso online para a Justiça. Por falta de recursos tecnológicos na penitenciária, o pedido de Suzane foi negado.

Em 2017, ela foi aprovada no curso de administração em uma instituição localizada em Taubaté. O custeio da mensalidade foi feito pelo Fies, mas a matrícula não foi concluída por Suzane.

A tentativa mais recente da detenta ocorreu ano passado, quando ela conseguiu uma vaga no curso de Gestão de Turismo, no Instituto Federal de Campos do Jordão, em São Paulo. Mesmo matriculada, Suzane não chegou a frequentar as aulas por falta de autorização da Justiça para deixar o presídio.