Morre menina de 6 anos agredida por mãe e madrasta no Rio de Janeiro

Por da redação com Extra 24/04/2021 15h03
Por da redação com Extra 24/04/2021 15h03
Morre menina de 6 anos agredida por mãe e madrasta no Rio de Janeiro
Madrasta da criança - Foto: Reprodução

Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, a menina de 6 anos que foi agredida e torturada pela mãe e a madrasta em Porto Real, no Sul Fluminense, morreu na madrugada deste sábado. De acordo com o boletim médico do hospital particular onde estava internada, a criança sofreu uma parada cardiorrespiratória por volta das 3h30 e não resistiu. Ainda segundo o boletim, Ketelin chegou na unidade de saúde, transferida do Hospital Municipal São Francisco de Assis, na última segunda-feira, com quadro de politraumatismo e coma arreflexo, apresentando múltiplas lesões corporais agudas e crônicas. Nas últimas 24 horas, o estado da menina se agravou, com ''deterioração das funções vitais''.

No início da semana, Ketelen foi levada para o Hospital Municipal São Francisco de Assis após ser espancada pela madrasta, Brena Luane Barbosa Nunes, de 25 anos, e a mãe da menina, Gilmara Oliveira de Farias, de 27 anos. Segundo informações, as agressões começaram na sexta-feira (16) e se estenderam até segunda-feira. Elas moravam no bairro de Jardim das Acácias, em Porto Real.

— Ketelen era uma criança boa, respeitadora... Seis aninhos. Uma criança muito amável que me chamava de tia. Ela (Gilmara) só deixava a criança dentro do quarto. Ela e a Ketelen estavam aqui a passeio. Eu falei para ela não trazer porque a Brena não gosta de criança, nunca gostou — conta a mãe de Brena, madrasta de Ketelen, que mora na mesma casa que a filha e presenciou as torturas sofridas pela menina.

Segundo ela, Brena sempre teve um comportamento agressivo com namoradas e familiares. Esta, entretanto, é a primeira vez que escuta um caso de agressão à uma criança:

— Essa é a primeira vez que ela faz isso (bate em uma criança). Ela sempre teve esse comportamento agressivo. O relacionamento dela com a Gilmara era marcado por brigas. Antes dela Brena namorou outra mulher, e era assim também.

Uma vizinha de Brena reforça o comportamento violento da mulher, relatando agressões à própria mãe e à avó, de 86 anos.