Detidos por desacato a guardas municipais ofendem homem na delegacia sem saber que ele era o delegado

Três homens foram detidos por crime de desacato contra guardas municipais, em Curitiba. Ao ser levado para a Delegacia, o trio ofendeu um homem que estava filmando a atitude dos rapazes, porém o grupo não sabia que o alvo dos xingamentos era o delegado. O caso ocorreu no último domingo e ganhou repercussão nesta quinta-feira, 15.
Segundo o delegado Rodrigo Souza, os jovens foram detidos no Museu Oscar Niemeyer e levados à Central de Flagrantes. Na carceragem, o trio começou a reclamar do tratamento que estava recebendo e em seguida iniciaram os xingamentos contra o delegado.
“Quando cheguei, vi que eles estavam alterados e perguntei o motivo de estarem gritando. Falaram que não iriam falar comigo, porque eu não mandava nada, que só iriam falar com o delegado e aí começaram as agressões [verbais]”.
"Um deles me chamou de safado, usou um palavrão e me chamou de 'cabação'. O outro perguntou se eu já tinha lido algum livro na vida, disse que eu tinha cara de analfabeto.”
Na ocasião, o trio estava esperando o delegado para serem ouvidos após a prisão realizada pela Guarda Municipal. Eles só notaram que o alvo dos xingamentos na delegacia era o próprio delegado quando foram chamados para o interrogatório. “Aí pediram desculpas”, disse Rodrigo Souza.
“Eles estavam na carceragem esperando serem ouvidos. Disseram que são estudantes e não poderiam ser tratados daquela forma. Mas, não tinha nada diferente do comum.”
O trio vai responder por desacato aos guardas municipais.
Um deles foi liberado da carceragem no mesmo dia. Os outros dois foram mantidos presos por conta das ofensas ao delegado e só foram liberado na manhã do dia seguinte, após pagamento de fiança. “Como somaram os crimes, os dois que me xingaram ficaram presos. Arbitrei fiança de R$ 1 mil e pagaram só em juízo.”
'Racismo estrutural', diz delegado
O delegado disse que, embora os jovens não tenham dito nenhuma ofensa racista, ele entendeu a situação como racismo estrutural.
"Eles não falaram nada racista, portanto nenhuma injúria racial, mas ficou bem claro. Não cogitaram que eu fosse delegado em razão do racismo estrutural. Por eu ser negro não posso ser um delegado?”
"Como negro, gosto muito de servir como exemplo para aquele moleque pobre que tem intenção de seguir carreira. Torço para que cada vez mais pessoas pretas, negras, ocupem cargos em órgãos públicos. Que isso passe a ser normal e não anormal, como eles deixaram transparecer.”
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