Vídeo. Jogadora de Call of Duty: Mobile, Sol é assassinada a facadas em São Paulo

O cenário de e-sports foi abalado ao receber a notícia de que a jogadora Ingrid Oliveira Bueno da Silva, que era conhecida como “Sol” da equipe FBI E-Sports, fora assassinada por outro jogador do cenário, Guilherme Alves Costa, conhecido como Flashlight. O crime foi cometido na última segunda-feira (22) e divulgado no portal R7 na tarde desta terça-feira.
Sol foi assassinada a facadas e encontrada na casa de Flashlight em Pirituba, bairro da zona norte de São Paulo. De acordo com a reportagem do portal R7, Flashlight se entregou à polícia e confessou o crime 30 minutos após o ato.
Segundo a investigação, Flashlight conheceu Sol “na internet” e que havia planejado o crime em um livro no qual ele relata quais seriam os motivos para cometer tal ato. O celular e o livro de Flashlight foram apreendidos pela polícia. O caso foi registrado como homicídio qualificado.
“Minha sanidade mental está completamente apta”, disse Flashlight no momento de sua prisão e quando foi interpelado sobre o motivo declarou “Eu quis fazer isso”. Flashlight divulgou imagens do corpo de Sol em grupos nos WhatsApp.
Sol tinha 19 anos, jogava Call of Duty: Mobile e iniciava sua carreira nos e-sports eletrônicos. O Instagram do FBI E-sports divulgou nos stories uma mensagem de luto pela jogadora na qual, Krony, responsável pelo time, diz "Ela era uma pessoa extraordinária, a quem vamos lembrar todo dia que o Sol nascer, todo dia que a luz do Sol tocar no nosso corpo, toda vez que olharmos para o Sol, nós vamos lembrar dela”.
Feminicidio
De acordo com dados coletados pelo Atlas da Violência de 2020, do IPEA, em 2018 uma mulher foi assassinada no Brasil a cada duas horas, totalizando 4.519 vítimas.
Segundo comunicado do clã Gamers Elite, o jogador que cometeu o crime, "enviou um vídeo no grupo da organização, onde supostamente acabara de matar uma mulher, filmar e compartilhar”.
Idealizado por Karoll “Bytten”, a organização Battle Girls realiza campeonatos gratuitos para jogadores que não tem condição de pagar; Sol participava desses campeonatos junto de seu time.
Hoje, o cenário de Call of Duty Mobile conta com o projeto Suporte BG, criado também pela organização Battle Girls, devido aos diversos acontecimentos de violência que as mulheres sofrem nos diversos cenários. Apesar de surgir no cenário de Call of Duty, o projeto é para todos os jogos.
“Esse projeto tem como objetivo abrir um espaço, seguro e sigiloso, para denúncias de violência contra mulher no meio digital, sendo assim, serão acolhidos quaisquer tipos de casos de assédio (moral ou sexual), desigualdade, discriminação, violência psicológica, ameaças, constrangimentos, humilhações, entre outros”, afirma a descrição do projeto.
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