OMS aprova vacina de Oxford e ela já pode ser enviada para o Brasil

Por Redação com Folha Press 15/02/2021 16h04
Por Redação com Folha Press 15/02/2021 16h04
OMS aprova vacina de Oxford e ela já pode ser enviada para o Brasil
AstraZenica Vacina Covid-19 - Foto: Divulgação

A OMS (Organização Mundial da Saúde) incluiu nesta segunda-feira, 15, a vacina AstraZenica, desenvolvida pela Universidade de Oxford, em sua lista. Com a decisão, vem a permissão para distribuição da vacina pela Covax, consórcio internacional que enviará vacinas para mais de 100 países no mundo, incluindo o Brasil.

Com essa liberação, há uma expectativa do envio de 1,6 milhões da vacina AstraZenica para o Brasil neste primeiro trimestre de 2021. Ainda há uma possibilidade de envio de mais 6 milhões da vacina no segundo trimestre.

Dos 10.672.800 de doses alocadas para o país no primeiro semestre, cerca de 3 milhões serão adiadas para o segundo semestre, de acordo com documento publicado no começo do mês. O acordo do Brasil na Covax prevê 42,5 milhões de doses até o fim de 2021.

O departamento responsável pela avaliação e regulação das vacinas aprovou tanto a versão produzida pela AstraZeneca-SKBio na Coreia (que virá para o Brasil) quanto a produzida pelo Instituto Serum, na Índia.

Além de destravar a distribuição pela Covax de 336 milhões de doses da AstraZeneca para 145 países, a inclusão do produto na EUL também beneficia países menos desenvolvidos, que não tem uma agência regulatória estruturada e podem tomar sua decisão com base no parecer da entidade. A Covax também deve entregar 1,2 milhão de doses da Pfizer/BioNTech (incluída na EUL em dezembro) neste semestre.

"Países sem acesso a vacinas até o momento finalmente poderão imunizar seus profissionais de saúde e populações em risco", disse a brasileira Mariângela Simão, subdiretora-geral da OMS para Acesso a Medicamentos. O órgão avaliou dados de qualidade, segurança e eficácia da vacina de Oxford e planos de gestão de risco e adequação das cadeias de refrigeração.

Na semana passada, o órgão consultivo que orienta a OMS (Sage) recomendou o uso do imunizante em todas as faixas etárias a partir dos 18 anos de idade.