IC examina seringa usada por enfermeira que não injetou dose contra Covid-19 em idosa, em AL

Por Assessoria 03/02/2021 13h01
Por Assessoria 03/02/2021 13h01
IC examina seringa usada por enfermeira que não injetou dose contra Covid-19 em idosa, em AL
IC examina seringa - Foto: Cortesia

O Instituto de Criminalística de Alagoas iniciou na manhã de hoje (03), a análise do material do caso da não vacinação de uma idosa de 97 anos, ocorrido em Maceió. A pedido do Ministério Público de Alagoas (MPAL), os peritos criminais do Laboratório Forense estão fazendo uma série de exames para constatar algum tipo de irregularidade, principalmente nas seringas utilizadas na aplicação da vacina.


O fato, único registrado em Alagoas até o momento, aconteceu no dia 28 de janeiro em posto da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS), para a vacinação contra a Covid-19, montado em um shopping da Capital. Mas, o caso só foi descoberto, após a família assistir o vídeo da suposta vacinação, e verificar que o líquido da vacina não foi injetado na idosa, denunciando o caso, que viralizou nas redes sociais.

A diretora do laboratório Rosana Coutinho, explicou que a unidade recebeu, lacrada, a caixa coletora de materiais infectantes, que era utilizada pela enfermeira que atendeu a idosa. Essa caixa, que é usada para descartar materiais que perfuram e contaminam provenientes das ações da atenção à saúde, havia sido lacrada e estava em poder da SMS que a enviou para o IC, após determinação do MPAL.

Por se tratar de um material com carga potencialmente infectante, a perita criminal Bárbara Fonseca tomou várias medidas de segurança, como uso de equipamentos de proteção individual especiais, para analisar o material. Na primeira análise do material, a perita contabilizou as seringas e agulhas descartadas, e quantas apresentavam líquido.

No primeiro exame, constatamos que no interior da caixa estavam depositadas 119 unidades de seringas usadas e descartadas. Desse total, apenas uma dessas seringas possuía líquido em seu interior.” Explicou a perita Bárbara Fonseca.



Outro exame realizado no material foi a constatação de funcionamento do êmbolo da seringa que continha líquido. “O objetivo desse segundo exame foi averiguar a correta adequação da seringa quanto à expulsão do líquido, contido em seu interior,” afirmou a perita criminal.

Após a conclusão dos exames, a perita irá confeccionar o laudo que será enviado para a promotoria responsável pelo caso. De acordo com o MPE, a realização do exame pericial e a produção da prova técnica será indispensável para a investigação do inquérito policial que será instaurado