Policial militar conduz parto após informação de que ambulâncias do Samu estavam em ocorrências
Proteger, intervir, socorrer, sem dia ou hora. A missão é salvar vidas. E, na madrugada desta segunda-feira (25), uma militar do Núcleo de Gestão de Informação (NGI), do Ministério Público de Alagoas (MPAL), em situação de extrema urgência, teve de assumir outro papel: conduzir um parto. A ocorrência se deu no conjunto Village Campestre II, parte alta de Maceió. A mãe e o bebê foram levados para o hospital, sem complicações, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Era por volta de 1h quando a policial foi acionada por um colega que mora próximo à sua residência pedindo apoio. A sua esposa recebera um telefonema de uma amiga gestante que precisava ser levada às pressas a uma maternidade. Pelo horário, e também o local para onde se destinariam ser muito distante e considerado perigoso, a integrante do NGI prontificou-se a acompanhá-los. O que ela não esperava era encontrar a mulher com muitas dores, sem condição de locomoção e em trabalho de parto.
“Não era viável pegá-la nos braços e colocar no carro para levar até a maternidade, pois não conseguia sequer se levantar. Acionamos o Samu mais de uma vez, mas infelizmente todas as ambulâncias estavam noutras ocorrências. Acionamos o Corpo de Bombeiros, mas nos informaram que parto era com o Samu, mas que enviariam uma ambulância para tentar nos ajudar. O tempo foi passando e ela ficando mais angustiada com as dores e, paralelamente, nós também”, relata a policial militar que não pode ter o nome revelado porque trabalha no serviço de inteligência do MPAL.
Em meio a tanta angústia, sem a menor experiência, a militar percebeu que a cabeça do bebê começou a aparecer e, ali, ela não tinha outra opção senão a de ampará-lo, ajudar nas boas-vindas ao mundo.
“A mãe gritava de dores, eu e mais duas mulheres pedíamos para ela fazer força e ajudar o bebê a sair. Percebi que a cabecinha dele começou a ficar roxa e o desespero tomou conta. Quando olhamos atentamente, vimos que a mãozinha dele impedia a passagem do resto do corpo, enquanto eu segurava a cabeça dele conseguimos afastá-la e, então, graças a Deus, enfim, o corpo saiu totalmente,” fala a policial, totalmente emocionada.
No entanto, a missão não havia findado, era preciso tomar outras precauções pois o cordão umbilical não havia sido cortado.
“Assim que a criança saiu vimos também o cordão umbilical envolto no pescoço e o bebê roxo, entramos em desespero porque ele não chorava, enquanto eu segurava o bebê orientei a amiga dela a desenrolar o cordão do pescoço. Foi quando ele chorou, bem baixinho, mas chorou e a cor do seu corpo foi restabelecida. Então veio o alívio, pois pensamos , por um momento, que ele estivesse morto,” conclui a policial militar.
Já era 2h11 quando o bebê foi colocado sobre a barriga da mãe, momento em que foi feita uma ligação para o Samu informando que ele já havia nascido. Dessa vez, a boa notícia. A ambulância já estava a caminho. Mas, enquanto a equipe socorrista não chegava orientações foram repassadas.
“Avisaram que a ambulância já estava a caminho, tentasse colocar o bebê para mamar, enrolasse-o e deixasse-o perto da mãe. A viatura da Samu chegou por volta das 2h40, cortou o cordão umbilical e pudemos ouvir o seu choro mais alto, nos aliviando mais uma vez, tendo a certeza que ele estava vivo e bem. A ambulância levou mãe, o bebê e a sua amiga que estava de acompanhante para o hospital e nós retornamos para casa”, ressalta a integrante do NGI, do MPAL.
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