Candidatos arapiraquenses relatam nervosismo e medo para prova do Enem durante a pandemia

Por Redação 17/01/2021 09h09 - Atualizado em 17/01/2021 09h09
Por Redação 17/01/2021 09h09 Atualizado em 17/01/2021 09h09
Candidatos arapiraquenses relatam nervosismo e medo para prova do Enem durante a pandemia
Candidatos relatam tensão para Prova do Enem - Foto: Arquivo

Um misto de tensão e ansiedade que aparece nos dias que antecedem o Enem ficou maior para os candidatos preocupados com o agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil e porque estarão em meio a dezenas de pessoas dentro de uma sala neste domingo (17).

Apesar das preocupações com os riscos, estudantes dizem que deixar de fazer Enem pode atrasar a entrada na faculdade e, consequentemente, a chegada do diploma.

André Silva, de 19 anos, mora na zona rural de Arapiraca e vai fazer o Enem pela primeira vez. Ele se preparou para a prova em casa mesmo com a dificuldade de acesso à internet e relata seu medo com o vírus, pois ele e a família estão seguindo os protocolos de distanciamento e higiene pessoal.

"Me sinto inseguro pela pandemia, porque estamos com pico muito alto da infecção. É o meu primeiro Enem e estou ainda mais nervoso. A gente se vê muito pressionado quando sai do ensino médio e se eu deixar essa chance passar? Poderia me arrepender. Então, mesmo com medo de pegar a doença, vou fazer. Passei o ano estudando através de vídeo aulas e me preparando. Foi difícil, pois moro no sítio e nem sempre a internet estava boa. Sonho em passar em engenharia civil e sustentar minha família. Hoje, meu maior medo é pegar e passar para minha vó, pois moro com ela e a gente estava tentando cumprir a quarentena e distanciamento, mas vou ter fé que vai dar tudo certo”, relatou André da Silva.

Já Angela Rodrigues, de 32 anos, contou ao Portal Já é Notícia que acha um absurdo a aglomeração em massa e, apesar do nervosismo se maior, vai fazer, pois seu sonho é cursar odontologia. “Eu não aprovo o Enem durante a pandemia, pois não acho conveniente programar uma aglomeração em massa durante uma pandemia que se espalha de maneira super contagiosa. Só estou indo porque me sinto na obrigação de ir, embora esteja bem nervosa. Vou tentar odontologia como tentativa de terceiro curso, pois esse é meu sonho. Já sou formada em pedagogia e estou cursando letras, mas realmente quero odontologia. Participei de cursinho com aulas on-line. E também vi muitos vídeos na Internet com o objetivo de me preparar melhor”, disse Angela.

Candidatos de todo o país pediram o adiamento das provas para depois da vacina, pois seria mais seguro, mas o pedido não foi aceito pelo Ministério da Educação.

A máscara é obrigatória, mas pode ser retirada para troca e para alimentação. Pelo protocolo do Inep, que organiza o exame, todos devem estar de máscara na sala. Janelas e portas precisam estar sempre abertas. Segundo infectologistas, o risco de contágio baixo nessas condições, mas não é zero. Então, é necessário que o candidato tenha atenção redobrada.

A prova deste domingo tem duração máxima de 5 horas e meia. Pelas regras, é necessário aguardar um mínimo de duas horas para deixar o local de prova. Os portões abrem às 11:30 para evitar aglomerações. Este ano, 102.577 estudantes devem prestar o exame em Alagoas, o que equivale a 12,7 mil candidatos a mais que os 89,8 mil inscritos em 2019. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc).