Sem oxigênio em hospitais do Amazonas, 60 bebês prematuros precisam ser transferidos para outros estados

Por Redação com agências 15/01/2021 16h04
Por Redação com agências 15/01/2021 16h04
Sem oxigênio em hospitais do Amazonas, 60 bebês prematuros precisam ser transferidos para outros estados
Bebês prematuros precisam ser transferidos - Foto: Reprodução

Com a falta de oxigênio em Manaus devido ao aumento de internações hospitalares, 60 bebês prematuros internados em UTIs neonatais vão ser transferidos em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para outros estados de maneira preventiva.

Na tarde desta sexta-feira (15), nove deles chegam ao aeroporto de Imperatriz, no Maranhão. A previsão é de que o avião com os bebês pouse às 17h30.

Eles serão levados em ambulâncias especializadas para um hospital da rede estadual. O presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, disse que a situação é gravíssima.

Ele explicou que as mães vão no mesmo voo. "Nove ambulâncias nossas estarão esperando no aeroporto. As mães vão acompanhando os bebês", informou.

Carlos Lula declarou que o Ministério da Saúde fez contato com vários estados para dividir as vagas.

Os prematuros não estão infectados pelo coronavírus. "São bebês que necessitam ficar numa UTI neonatal para ganhar peso, ficar mais fortes e, só depois, deixar o hospital", destacou.

A reportagem apurou que o Governo do Amazonas solicitou consultas junto a outros estados para saber quais deles teriam condições de receber a transferência de bebês internados em maternidades da rede estadual onde falta oxigênio.

No entanto, as tratativas ainda estão indefinidas, e a informação ainda não foi confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas. O Governo do Amazonas declarou que ainda não há posicionamento oficial do Estado sobre o assunto.

O Conass confirmou que o Ministério da Saúde entrou em contato com outros estados para executar a transferência.

Ainda não há informações oficiais sobre em quais unidades estão esses bebês, mas profissionais de saúde relatam que a maternidade Ana Braga, na zona leste da cidade, que é a maior do estado, está entre as unidades mais sobrecarregadas e pode ser uma das primeiras a sofrer com a escassez de oxigênio.