Prefeitos alagoanos não devem fazer festas de carnaval, recomenda MPE

Por Redação com Ascom MPE/AL 13/01/2021 11h11
Por Redação com Ascom MPE/AL 13/01/2021 11h11
Prefeitos alagoanos não devem fazer festas de carnaval, recomenda MPE
Festa de carnaval proibida - Foto: Divulgação

A força-tarefa de combate à Covid-19 do Ministério Público do Estado de Alagoas decidiu, em reunião virtual ocorrida nesta quarta-feira (13), que expedirá recomendação aos prefeitos dos 102 municípios alagoanos para que eles não promovam qualquer tipo de evento durante o carnaval em razão da pandemia do novo coronavírus.

O documento será enviado à Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) para que a entidade possa fazer a devida distribuição aos prefeitos.

Durante o encontro on-line, os membros do MPAL se mostraram preocupados com o avanço de casos de Covid-19 em Alagoas e pelo fato que festas de carnaval geram aglomeração, o que é proibido pelo Decreto nº 71.467/20, publicado no Diário Oficial do Estado em 30 de setembro de 2020.

“Estamos num momento em que toda a coletividade precisa se engajar para evitar ainda mais a propagação da Covid-19. Então, como o decreto governamental proíbe grandes festas, não será possível aos gestores investirem recursos públicos na realização de eventos. Além disso, o dinheiro deverá ser aplicado em ações para proteger a população da pandemia”, defendeu Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, procurador-geral de Justiça.


Recomendação
A recomendação do Ministério Público do Estado de Alagoas será expedida ainda esta semana e deverá chegar aos prefeitos dos 102 municípios para que eles não promovam nenhum tipo de festividade durante o período de carnaval.

O documento, que seguirá assinado pelo chefe do MPAL, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, pelo subprocurador-geral administrativo institucional, Valter Acioly, e por todos os promotores de Justiça integrantes da força-tarefa, será encaminhado ao presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley, para que ele, por meio da entidade que representa, compartilhe-o com os demais prefeitos.

Dentre os pontos a serem recomendados, está a abstenção dos gestores para que eles não realizem quaisquer festividades públicas pertinentes ao período momesco, determinando o cancelamento de contratos, publicação de editais ou qualquer tipo de despesa, repasses, patrocínios ou outras formas de destinação de recursos públicos para tal fim, inclusive contratação de shows musicais ou artísticos.