CNJ vai investigar juíza que fez vídeo para 'ensinar' a andar em shopping sem máscara
Conduta da magistrada Ludmila Lins Grilo é alvo de apuração do Conselho Nacional de Justiça

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apura a conduta de uma juíza de Minas Gerais que viralizou nas redes sociais após postar um vídeo para ‘ensinar’ as pessoas a andarem sem máscara em shopping, o que contraria as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para prevenção da Covid-19. (assista o vídeo abaixo)
Nas imagens, Ludmila Lins Grilo aparece tomando sorvete e cita em três passos como andar sem máscara no centro de compras "de forma legítima":
"Compre um sorvete; pendure a máscara no pescoço ou na orelha, para afetar elevação moral; caminhe naturalmente". O vídeo teve mais de 600 mil visualizações.
Em outras publicações, uma delas no Twitter, a juíza posta um vídeo da virada de ano em Búzios (RJ) e escreve que a cidade “não se entregou docilmente ao medo, histeria ou depressão. Aqui, a vida continua. Foi maravilhoso passar meu réveillon nessa vibe”. Em um vídeo da festa, a juíza ainda usa hashtag "Aglomera Brasil".
Em outras postagens, a magistrada ironiza a doença e, no dia 3 de janeiro, ela fez o seguinte comentário ao ir em uma pizzaria: “Pizzaria tá cheia, mas não se preocupem: Como eu já estou sentada, o vírus passa por cima” [sic].
O comportamento da juíza chamou a atenção de um advogado criminalista de Campo Grande (MS), que enviou uma reclamação Disciplinar para o Conselho Nacional de Justiça. O documento foi protocolado no domingo.
“Me deparei com as postagens no dia primeiro de janeiro quando ela exaltava a aglomeração na praia de Búzios. Ao me certificar de que se tratava de uma juíza, juntei os prints das manifestações e enviei ao CNJ, que vai apurar a conduta dela. As autoridades vão decidir se a juíza poderia agir dessa forma ou se cometeu infração ético disciplinar”, esclareceu o advogado José Belga Assis Trad.
O advogado diz que considera a atitude da juíza irresponsável e desrespeitosa.
“Eu achei irresponsável do ponto de vista da saúde pública, porque as autoridades recomendam o isolamento nesse período que a doença está crescendo. Foi desrespeitoso também porque a juíza não observou a moderação e faz um deboche das autoridades, inclusive do próprio CNJ, que editou uma série de recomendação e adotou o distanciamento como política de enfrentamento a pandemia, tanto que suspendeu atendimento e audiências presenciais nos fóruns”, disse o denunciante.
Apuração
A juíza Ludmila Lins Grilo atua na Vara Criminal e da Infância e da Juventude em Unaí, no Noroeste de Minas. As atividades no fórum onde ela trabalha retornam na próxima quinta-feira (7) e a direção informou para a produção da Inter TV, afiliada da Rede Globo em Minas Gerais, que não vai comentar o caso por se tratar de um assunto pessoal. O G1 e a emissora tentam contato com a magistrada.
Em nota, o Conselho Nacional de Justiça informou que não pode se pronunciar sobre os fatos e esclareceu que a reclamação disciplinar está sendo analisada pela Corregedoria Nacional de Justiça.
Últimas Notícias

Polícia prende suspeito e encontra corpo que pode ser de jovem desaparecida com a filha em Rio Largo

Novo parque aquático com primeira praia artificial de Arapiraca reforça vocação turística e celebra os 101 anos da cidade

Circuito Penedo de Cinema abre inscrições para escolas das redes pública e privada

Polícia Civil prende suspeito de homicídio e feminicídio em Senador Rui Palmeira

Jovem fica em estado grave após colisão entre moto e caminhão em Matriz do Camaragibe
Vídeos mais vistos

Superintendente da SMTT fala sobre mudanças no trânsito de Arapiraca

Morte em churrascaria de Arapiraca

Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca

Prefeitura de Arapiraca inaugura moderna UBS no bairro Teotônio Vilela
