Ao menos 415 candidatos majoritários sub judice foram eleitos ou disputam 2º turno

Por Redação com Metrópoles 27/11/2020 11h11
Por Redação com Metrópoles 27/11/2020 11h11
Ao menos 415 candidatos majoritários sub judice foram eleitos ou disputam 2º turno
TSE - Foto: Divulgação

Para alguns candidatos, as eleições municipais de 2020 não se encerram com a contabilidade dos votos. De acordo com o levantamento do Metrópoles, com base no repositório do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 415 postulantes a prefeito ou vice-prefeito — que se elegeram no primeiro turno ou que vão disputar o segundo turno no próximo dia 29 de novembro — estão com a chapa sub judice. Ou seja, o nome deles constava nas urnas, mas tinham alguma pendência com a Justiça Eleitoral.

Dos candidatos majoritários que concorreram com pendências eleitorais, 402 foram eleitos no primeiro turno e 13 disputam o segundo turno. Nestes casos, as decisões sobre as respectivas situações podem ocorrer até depois da posse.

O índice de eleitos sub judice no primeiro turno em 2020 foi 12,2% menor do que na eleição passada, na qual 473 candidatos haviam vencido o pleito. Quanto aos postulantes que disputam o segundo turno nestas condições, houve a diminuição de um caso – na última eleição municipal foram 14.

Segundo turno

Dos 13 postulantes que concorrem sub judice ao segundo turno, nove disputam uma vaga de prefeito, com a candidatura deferida por liminar. Há outros quatro candidatos a vice-prefeito com problemas com a Justiça Eleitoral. Destes, três tiveram a candidatura deferida com liminar e uma foi indeferida, mas segue na disputa – é o caso de Frederico Paes (MDB-RJ), vice na chapa encabeçada pelo deputado federal Wladimir Garotinho (Pros-RJ), em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Paes teve a candidatura impugnada na reta final do primeiro turno pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) por irregularidades relativas ao prazo de sua desincompatibilização da direção de um sindicato. Como a chapa majoritária é única, o indeferimento do vice causa a cassação também do postulante a prefeito. Contudo, ainda cabe recurso ao TSE.