Bianca Bin sobre quarentena com Guizé: 'Se estamos resistindo a isso tudo, vamos ficar velhinhos juntos'

Por Vogue 10/09/2020 11h11 - Atualizado em 10/09/2020 14h02
Por Vogue 10/09/2020 11h11 Atualizado em 10/09/2020 14h02
Bianca Bin sobre quarentena com Guizé: 'Se estamos resistindo a isso tudo, vamos ficar velhinhos juntos'
Foto: Reprodução/Instagram
Há dois anos Bianca Bin e Sérgio Guizé se mudaram para o interior de São Paulo para priorizar a qualidade de vida. Logo, veio a quarentena, e, com os trabalhos paralisados, o casal passou se conhecer mais e fortalecer o casamento. Em entrevista exclusiva à Vogue Brasil, Bianca contou que os dois foram corajosos em largar a vida na cidade grande, mas ao mesmo tempo estão muito felizes. Ela contou que a rotina de ambos está intensa, mas que conseguem lidar com as imperfeições um do outro. “Brinco com ele que se estamos resistindo a isso tudo, podemos sim, ficar velhinhos juntos”, diz.

“Sem a fuga do trabalho e da rotina intensa, temos mesmo que olhar profundo um para o outro, não há escapatória. Sabemos que não somos perfeitos, e observar as sombras, a imperfeição um do outro, faz a gente conhecer melhor a si próprio também. Porque tudo o que incomoda no outro, é espelho e eu também tenho em mim. É preciso aprender a olhar para esse reflexo, para si, sem julgamentos, com paciência, compaixão e muito amor próprio. A sensação é quanto mais aprofundamos nossa relação, mais conectados estamos com nós mesmos. Quanto mais eu me faço bem e aprendo a cuidar de mim, melhor companheira eu sou para o outro. E vice e versa. É um aprendizado constante e diário se relacionar”, afirma ela, que começou a namorar Guizé nos bastidores da novela “O Outro Lado do Paraíso”, em 2017.

A atriz conta que ela e Guizé acabaram de finalizar uma obra em casa, e brincou que foi um “teste” no casamento. “Nos trouxe muita dor de cabeça. Dizem que essa é a segunda prova de um casamento para saber se a relação resiste ou não. A primeira é a própria festa de casamento. Como eu e Guizé somos ansiosos, não fizemos a primeira prova e já fomos direto para a de fogo: a obra. Conseguimos juntos, finalmente, finalizar. Depois disso veio a pandemia. Brinco com ele que se estamos resistindo a isso tudo, podemos sim, ficar velhinhos juntos. Estamos morrendo de saudades de viajar, mas também amamos uma rotina, sabia? Não estamos fugindo dela não, mas encarando de frente”, enfatiza.

“Nossa vida está calma. Fizemos a escolha intuitiva há dois anos de nos mudarmos para o interior de São Paulo, priorizando nosso tempo, segurança, qualidade de vida e para podermos viver mais conectados com nossas raízes e com a natureza. Hoje, vivendo no meio desse caos pandêmico, percebo o quanto fomos radicais e corajosos, mas ao mesmo tempo muito sábios e felizes na nossa mudança. Sabemos o quanto somos privilegiados, por podermos estar em quarentena todo esse tempo, reclusos num lugar com espaço, pomar, horta, plantas, pássaros, nossos bichos, tendo um ao outro como companhia, acho que só temos motivos para agradecer”, comemora Bianca.

Para lidar com o isolamento social, a atriz cuida da mente e do corpo com exercícios funcionais, meditação e yoga, além da dança. “Busco sempre equilibrar corpo, mente e espírito. Olhar com atenção e autocuidado para mim mesma, meus medos, minhas dores e necessidades. Sinto que, quando cuido e escolho melhor tudo o que estou colocando para dentro de mim, isso em todos os sentidos, desde alimentação até pensamentos, acalmando minha mente e exercitando meu corpo, tudo flui melhor. Fica mais leve. É tempo de se acolher e é exatamente isso que tenho feito comigo nesse período. A diferença é que me sinto mais conectada com minha intuição e com a escuta mais apurada. E também cheia de disposição e vontade de trabalhar”, afirma ela, que também tem tido aulas de violão com o marido.

“Estamos, óbvio, ambos com demandas emocionais e cargas grandes, por tudo o que estamos vivendo, além da convivência intensa com nós mesmos e com o outro, tem a ausência de rotina com trabalho, a insegurança que o vírus traz, preocupação com nossos familiares e amigos, enfim, a sensação é que estamos mais à flor da pele, ao mesmo tempo que podemos aproveitar esse momento mais sensível para aprofundarmos a nossa relação e aprendermos no amor, com muita parceria e paciência, mais leves e conscientes um com o outro”, conclui.