Arquidiocese inicia estudos de reabertura das Igrejas católicas

Por Redação com Assessoria 08/07/2020 13h01 - Atualizado em 08/07/2020 17h05
Por Redação com Assessoria 08/07/2020 13h01 Atualizado em 08/07/2020 17h05
Arquidiocese inicia estudos de reabertura das Igrejas católicas
Foto: Assessoria
Em reunião online, na manhã desta quarta-feira, 08, o arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz, médicos e padres decidiram não iniciar imediatamente a abertura das igrejas para os fiés.

As missas continuarão a ser de forma virtual até que um estudo completo seja realizado, para que as Igrejas sejam abertas gradativamente. O que deve ocorrer durante esse mês de julho.

“Estamos tendo a reabertura de setores da economia e precisamos saber como o vírus irá se comportar diante dessa situação e a possibilidade de uma segunda onda no aumento dos casos”, disse à médica Luciana Pacheco, que faz parte da equipe da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Com as determinações do arcebispo metropolitano, o grupo será formado por médicos e padres que trabalharão em um protocolo inspirado nas experiências de outras dioceses que já iniciaram a reabertura, além de ouvir as paróquias e suas respectivas realidades. A coordenação dos trabalhos será da Pastoral da Saúde.

Somente após esse processo é que a Arquidiocese de Maceió irá divulgar a data da reabertura das igrejas.

“Nós só podemos construir uma agenda positiva a partir da sensibilidade e da discussão, servindo para a unidade d preocupação espiritual junto à exposição dos médicos que estão na linha de frente”, afirmou Dom Antônio Muniz.

Para a médica Maria Tereza Tenório é momento de reflexão. “Precisamos contar com a colaboração das pessoas para que elas se conscientizem da importância do distanciamento social e do uso de máscaras. Esse será o nosso novo normal nas paróquias até que se tenha uma vacina e a população seja imunizada”.

Na reunião que contou com onze médicos, os profissionais também colocaram sua visão enquanto católicos. “Eu também sinto falta da vida em comunidade e da Eucaristia, mas precisamos ir com cautela. É muito cedo para reabrirmos totalmente. Precisamos observar os índices das próximas semanas com a reabertura das atividades econômicas e enquanto isso, vamos construindo esse protocolo”, disse o infectologista Fernando Maia.

Os padres também expuseram suas opiniões, como o Padre Elison Silva. “Esse protocolo será importante para a proteção dos padres e do povo, como por exemplo, a distribuição mais segura da Eucaristia”.

Dom Antônio Muniz recordou que os sacerdotes devem ser animadores da fé em suas comunidades até que seja colocada a data definitiva para a reabertura das igrejas. “Na peste negra em Milão, São Carlos Borromeu como bispo ficou na cidade animando os fiéis e durante dois anos as pessoas não tiveram acesso aos sacramentos até que tudo estivesse seguro. E mesmo assim, as pessoas não perderam sua fé”.