Com doença genética, 'homem de três rostos' faz transplante facial inédito no mundo
                            A história do francês Jérôme Hamon é impressionante e chama a atenção, principalmente, pela coragem. Aos 43 anos, ele é chamado pela mídia francesa de “o homem de três rostos”.
Jerome é a única pessoa no mundo que passou por dois enxertos faciais totais, ou seja, dois transplantes de rosto.
Ele sofre de uma doença genética hereditária chamada de Doença de Von Recklinghausen, ou neurofibromatose do tipo 1.
Causado por uma mutação no cromossomo 17, o problema leva ao crescimento de nódulos e tumores na pele e no sistema nervoso central, em alguns pacientes pode afetar a visão e a audição.
No caso de Jérôme, a doença provocou o surgimento de tumores que desfiguraram o rosto. Por causa disso, em 2010 ele passou por um transplante de face, que foi considerado um sucesso.
O problema é que cinco anos depois, em maio de 2015, ele pegou um resfriado e precisou tratar com um antibiótico que, até então não se sabia, era incompatível com a medicação imunossupressora que ele usava. Isso desencadeou um processo de rejeição e seu segundo rosto passou a se deteriorar, a apresentar sinais de necrose.
A necessidade de um segundo transplante era evidente, mas também era algo que nunca tinha sido feito. O médico responsável pela cirurgia, Laurent Lantieri contou para a imprensa francesa que, apesar de ser uma escolha delicada, "não poderíamos deixá-lo sem rosto". A decisão foi apoiada pelas agências de medicina e biomedicina da França.
Jérôme também não teve dúvidas. "Eu decidi muito rapidamente, percebi que não tinha escolha, caso contrário, teria sido uma tragédia", confessa.
O processo foi doloroso e complicado. Para enfrentar a segunda cirurgia, Jérôme precisou passar por um tratamento para eliminar os anticorpos que ele desenvolveu depois da primeira cirurgia e que agiam contra o transplante. Além disso, foi preciso fazer uma quimioterapia para restaurar o sistema imunológico. O risco de uma nova rejeição era muito alto.
Além disso, o segundo rosto, que sofreu a rejeição, precisou ser retirado e ele teve que passar dois meses no hospital, sem face.
Enquanto o paciente se preparava, o médico também precisou formar e treinar uma nova equipe. Lantieri não fazia um transplante de face desde 2011.
Jérôme entrou para a lista de transplante no mês de setembro. A segunda cirurgia aconteceu no dia 16 de janeiro deste ano no Hospital Universitário Europeu Georges-Pompidou, em Paris, e durou 22 horas.
Na semana passada, três meses depois da cirurgia, ele saiu pela primeira vez do hospital para encontrar a família na região da Bretanha, no noroeste da França. "Foi uma libertação, fiquei feliz, apesar de ter sido um momento extremamente cansativo", conta Jérôme.
"Hoje, sabemos que um transplante duplo é viável, não está mais no campo da pesquisa", diz, confiante o professor Lantieri.
Jérôme também está feliz com seu terceiro rosto. "Este transplante representa, de fato, a questão da identidade. Mas considero que meu verdadeiro rosto é aquele que aceito [...] É o que eu digo para mim mesmo quando olho no espelho. Lá, sou eu, é Jerome".
O rosto ainda não está totalmente recuperado, as expressões só devem reaparecer em julho, o caminho é longo, mas ele brinca, seu doador tinha apenas 22 anos: "o que é divertido é que me disseram que eu rejuvenesci".
						
						Jerome é a única pessoa no mundo que passou por dois enxertos faciais totais, ou seja, dois transplantes de rosto.
Ele sofre de uma doença genética hereditária chamada de Doença de Von Recklinghausen, ou neurofibromatose do tipo 1.
Causado por uma mutação no cromossomo 17, o problema leva ao crescimento de nódulos e tumores na pele e no sistema nervoso central, em alguns pacientes pode afetar a visão e a audição.
No caso de Jérôme, a doença provocou o surgimento de tumores que desfiguraram o rosto. Por causa disso, em 2010 ele passou por um transplante de face, que foi considerado um sucesso.
O problema é que cinco anos depois, em maio de 2015, ele pegou um resfriado e precisou tratar com um antibiótico que, até então não se sabia, era incompatível com a medicação imunossupressora que ele usava. Isso desencadeou um processo de rejeição e seu segundo rosto passou a se deteriorar, a apresentar sinais de necrose.
A necessidade de um segundo transplante era evidente, mas também era algo que nunca tinha sido feito. O médico responsável pela cirurgia, Laurent Lantieri contou para a imprensa francesa que, apesar de ser uma escolha delicada, "não poderíamos deixá-lo sem rosto". A decisão foi apoiada pelas agências de medicina e biomedicina da França.
Jérôme também não teve dúvidas. "Eu decidi muito rapidamente, percebi que não tinha escolha, caso contrário, teria sido uma tragédia", confessa.
O processo foi doloroso e complicado. Para enfrentar a segunda cirurgia, Jérôme precisou passar por um tratamento para eliminar os anticorpos que ele desenvolveu depois da primeira cirurgia e que agiam contra o transplante. Além disso, foi preciso fazer uma quimioterapia para restaurar o sistema imunológico. O risco de uma nova rejeição era muito alto.
Além disso, o segundo rosto, que sofreu a rejeição, precisou ser retirado e ele teve que passar dois meses no hospital, sem face.
Enquanto o paciente se preparava, o médico também precisou formar e treinar uma nova equipe. Lantieri não fazia um transplante de face desde 2011.
Jérôme entrou para a lista de transplante no mês de setembro. A segunda cirurgia aconteceu no dia 16 de janeiro deste ano no Hospital Universitário Europeu Georges-Pompidou, em Paris, e durou 22 horas.
Na semana passada, três meses depois da cirurgia, ele saiu pela primeira vez do hospital para encontrar a família na região da Bretanha, no noroeste da França. "Foi uma libertação, fiquei feliz, apesar de ter sido um momento extremamente cansativo", conta Jérôme.
"Hoje, sabemos que um transplante duplo é viável, não está mais no campo da pesquisa", diz, confiante o professor Lantieri.
Jérôme também está feliz com seu terceiro rosto. "Este transplante representa, de fato, a questão da identidade. Mas considero que meu verdadeiro rosto é aquele que aceito [...] É o que eu digo para mim mesmo quando olho no espelho. Lá, sou eu, é Jerome".
O rosto ainda não está totalmente recuperado, as expressões só devem reaparecer em julho, o caminho é longo, mas ele brinca, seu doador tinha apenas 22 anos: "o que é divertido é que me disseram que eu rejuvenesci".
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