Dama do Samba: corpo de Dona Ivone Lara é velado na quadra da Império Serrano

O corpo da cantora e compositora Dona Ivone Lara está sendo velado na quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, onde chegou depois das 11h30. A sambista morreu na noite passada (16), devido a um quadro de anemia que se agravou com insuficiência cardiorrespiratória.
A artista estava internada desde a última sexta-feira (13), data em que completou aniversário, no Centro de Tratamento e Terapia Intensiva da Coordenação de Emergência Regional, no Leblon, zona sul da cidade. O sepultamento de Dona Ivone Lara está marcado para as 16h30 no Cemitério de Inhaúma, na zona norte da cidade.
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, decretou luto de três dias na cidade pela morte de Dona Ivone Lara. “Morre o sorriso negro que tanta felicidade trouxe as gerações de brasileiros. Dona Ivone Lara cantou e tornou possíveis sonhos, engrandeceu lutas, transpôs preconceitos. Em seus versos cresceu o samba, fortaleceram-se as mulheres, apequenou-se o racismo. Eu, que morei na África durante anos, convivi com um povo que cresce nas adversidades, repleto de esperança e força de imaginação, assim como nossa dama do samba que hoje se foi. Negro é raiz da liberdade, é inspiração e, hoje mais do que nunca, é luto. A tristeza rola nos olhos do nosso povo, mas também me vem a lembrança de uma guerreira, com talento infinito e vida plena. Peço a Deus que conforte a sua família, amigos e a todos os seus admiradores. Em homenagem e respeito, a prefeitura decreta luto de três dias”.
Trajetória
Dona Ivone Lara perdeu os pais muito cedo. O pai morreu quando ela tinha três anos de idade e a mãe aos 12. Ela então foi criada pelos tios e com eles aprendeu a tocar cavaquinho e a ouvir samba ao lado do primo Mestre Fuleiro e teve aulas de canto com Lucília Guimarães e recebeu elogios do marido da professora, o maestro Heitor Villa-Lobos.
Casou-se aos 25 anos de idade com o filho do presidente da escola de samba Prazer da Serrinha e foi onde conheceu alguns compositores que viriam a ser seus parceiros em algumas composições, como Mano Décio e Silas de Oliveira, que se tornaram campeões de vários sambas de enredo na Império Serrano.
Com a fundação do Império Serrano em 1947, passou a desfilar na ala das baianas. E também Compôs o samba ‘Não me perguntes’, mas a consagração como sambista veio em 1965, com Os cinco bailes da história do Rio, quando se tornou a primeira mulher a fazer parte da ala de compositores da escola de samba.
Entre os intérpretes que gravaram suas composições destacam-se Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, entre tantos outros.
Em 2012, foi homenageada pelo Império Serrano no grupo de acesso, com o enredo Dona Ivone Lara: O enredo do meu samba. Em dezembro de 2014 foi a homenageada na 19ª edição do Trem do Samba. Um mês antes, Dona Ivone havia participado do primeiro dia de gravações do Sambabook, em homenagem à sua carreira da gravadora Musickeria.
A artista estava internada desde a última sexta-feira (13), data em que completou aniversário, no Centro de Tratamento e Terapia Intensiva da Coordenação de Emergência Regional, no Leblon, zona sul da cidade. O sepultamento de Dona Ivone Lara está marcado para as 16h30 no Cemitério de Inhaúma, na zona norte da cidade.
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, decretou luto de três dias na cidade pela morte de Dona Ivone Lara. “Morre o sorriso negro que tanta felicidade trouxe as gerações de brasileiros. Dona Ivone Lara cantou e tornou possíveis sonhos, engrandeceu lutas, transpôs preconceitos. Em seus versos cresceu o samba, fortaleceram-se as mulheres, apequenou-se o racismo. Eu, que morei na África durante anos, convivi com um povo que cresce nas adversidades, repleto de esperança e força de imaginação, assim como nossa dama do samba que hoje se foi. Negro é raiz da liberdade, é inspiração e, hoje mais do que nunca, é luto. A tristeza rola nos olhos do nosso povo, mas também me vem a lembrança de uma guerreira, com talento infinito e vida plena. Peço a Deus que conforte a sua família, amigos e a todos os seus admiradores. Em homenagem e respeito, a prefeitura decreta luto de três dias”.
Trajetória
Dona Ivone Lara perdeu os pais muito cedo. O pai morreu quando ela tinha três anos de idade e a mãe aos 12. Ela então foi criada pelos tios e com eles aprendeu a tocar cavaquinho e a ouvir samba ao lado do primo Mestre Fuleiro e teve aulas de canto com Lucília Guimarães e recebeu elogios do marido da professora, o maestro Heitor Villa-Lobos.
Casou-se aos 25 anos de idade com o filho do presidente da escola de samba Prazer da Serrinha e foi onde conheceu alguns compositores que viriam a ser seus parceiros em algumas composições, como Mano Décio e Silas de Oliveira, que se tornaram campeões de vários sambas de enredo na Império Serrano.
Com a fundação do Império Serrano em 1947, passou a desfilar na ala das baianas. E também Compôs o samba ‘Não me perguntes’, mas a consagração como sambista veio em 1965, com Os cinco bailes da história do Rio, quando se tornou a primeira mulher a fazer parte da ala de compositores da escola de samba.
Entre os intérpretes que gravaram suas composições destacam-se Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, entre tantos outros.
Em 2012, foi homenageada pelo Império Serrano no grupo de acesso, com o enredo Dona Ivone Lara: O enredo do meu samba. Em dezembro de 2014 foi a homenageada na 19ª edição do Trem do Samba. Um mês antes, Dona Ivone havia participado do primeiro dia de gravações do Sambabook, em homenagem à sua carreira da gravadora Musickeria.
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