Suposta “maníaca da seringa” afirma que furava pessoas com espinhos e não com agulhas

Por Redação com Diário de Arapiraca 07/04/2018 08h08 - Atualizado em 08/04/2018 20h08
Por Redação com Diário de Arapiraca 07/04/2018 08h08 Atualizado em 08/04/2018 20h08
Suposta “maníaca da seringa” afirma que furava pessoas com espinhos e não com agulhas
Foto: Divulgação
A polícia civil localizou a suposta “maníaca da seringa”, que estaria furando várias pessoas em Arapiraca. A mulher foi identificada como Jeciane Souza da Silva, 22 anos, e assumiu o crime, mas afirma que nunca utilizou agulhas para furar suas vítimas, e sim espinhos.

A informação foi repassada na manhã deste sábado, 07, no programa do radialista Mitchel Torquato, da Rádio 96 FM, em Arapiraca. Em entrevista para o radialista, a mulher afirmou que nunca contaminou ninguém, ela furava apenas as pessoas que se negavam a ajudar seus filhos, quando os mesmos pediam dinheiro na rua. Ela afirma que espetadas não passavam de brincadeira.

Após ser reconhecida por algumas vítimas, Jeciane explicou que estava em Arapiraca, juntamente com duas crianças, há pouco tempo, antes ela morava na cidade de Aracaju, Sergipe. Segundo ela, após as pessoas negarem dar dinheiro para as crianças, ela, de forma rápida, furava as vítimas.

“Os meninos pediam dinheiro. As pessoas não davam e eu ia lá e furava elas. Na verdade era mais por brincadeira, eles não furavam ninguém, quem furava era eu. Só que eu não imaginava que isso estava passando em rádio não”, disse a suspeita.

A mulher explicou para a Delegada da Defesa da Mulher, Rosimere Gomes, que utilizava apenas espinhos que retirava de uma planta, levando o galho com espinhos para a Delegacia de Defesa da Mulher, onde ela foi detida. Ela afirma que não sabe quantas pessoas teria furado. “Deus me livre furar alguém com agulha, eu mesmo só usei espinhos e para mim era mais uma brincadeira”, afirmou.

Apesar da afirmativa da suspeita, todas as vítimas identificadas passaram por exames no Hospital Geral do Estado. O agente da Polícia Civil, Raimundo, que falou em nome da delegada Rosimere Gomes, afirma que o pânico causado pelas supostas agulhadas foi o fator que mais atrapalhou na investigação.

“A parte mais complicada nessa investigação foi justamente a questão do pânico que gerou em algumas pessoas, pois vítimas afirmaram que foram atingidas por agulhas, mas quando uma agulha atinge alguém, tem que sangrar, e foi daí que diante da dúvida enviamos essas pessoas para exames e finalmente chegamos então a suspeita, após a investigação. Não da para entender como alguém faz isso dizendo que era uma brincadeira e faz isso utilizando crianças. Acredito que após os levantamentos o caso está sim elucidado, e agora pedimos a população que tenha calma e caso ocorra algo parecido, que nos procure, para sabermos de fato o que está acontecendo. No caso relatado por essas vítimas aqui, podemos dizer que fizemos a nossa parte”, disse.

Jeciane foi ouvida na Delegacia e liberada, ela irá responder o processo em liberdade pelo crime de lesão corporal.

A suspeita foi localizada após investigações da Delegacia de Defesa da Mulher, com apoio da Delegacia de Menores de Arapiraca. 

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