MP e acusação pedem condenação e defesa alega que capitão Rodrigues falhou
Tanto o Ministério Público Estadual (MPE) como a assistência de acusação vão defender a condenação de Agnaldo Lopes de Vasconcelos pela morte do capitão da PM Rodrigo Rodrigues, em abril do ano passado. O júri popular do caso acontece na manhã desta segunda-feira (04), no Fórum de Maceió. Já a defesa do réu ressalta que, por excesso de trabalho, o militar falhou na abordagem feita na residência de Agnaldo, o que fatidicamente resultou em sua morte. A família vestiu camisa com a foto do policial e o julgamento foi acompanhado por muitos colegas de farda de Rodrigues.
O promotor José Antonio Malta Marques informou que o MPE vai pedir a condenação do réu por crime de homicídio qualificado, na qualificadora de quando se atinge um membro da segurança pública. "Não temos outra expectativa a não ser a condenação com a pena máxima".
O juiz Anderson Bastos, que vai conduzir o júri popular, disse estar aliviado pelo fato de a sessão acontecer em tempo hábil. "A expectativa é que o julgamento ocorra da melhor forma possível e o jurado chegue a um veredicto com uma sentença justa". O processo foi iniciado com o juiz titular da 9ª Vara. "O júri é o povo que julga, a função do juiz é fixar a sentença. A própria população é quem vai dizer o veredito".
Advogado de Agnaldo, Jionísio Pita diz que o que houve é o acúmulo, o excesso de trabalho que culminou em um erro de atuação do capitão, que estava entre os mais preparados de Alagoas e, naquele dia, cometeu um equívoco que lhe custou a vida.
A expectativa dele é que o júri chegue à absolvição. "Agnaldo jamais saiu da sua residência, acreditando na segurança e na paz do seu lar. Jamais ele acreditava se tratar de uma ação da polícia. Há gravação do Copom em que ele pede ajuda à polícia. Quem iria chamar a polícia um minuto depois de cometer um assassinato? O júri irá discernir que houve legítima defesa", disse o advogado.
Agnaldo tinha 26 anos de arma de registro. "Se neste tempo não houve incidente, o que houve agora foi defesa pessoal, de terceiro, que foi da namorada e proteção à sua residência", complementa o advogado de defesa.
A defesa complementou, afirmando ter havido erros de interpretação de ambos os lados. "Foram dois erros de interpretação: a interpretação equivocada do capitão, guiada por um GPS, que não era em tempo real e auxiliado pela vítima, que não tinha experiência policial nenhuma, e o erro de interpretação do Agnaldo, que acreditava estar sendo vítima de um assalto naquele momento".
Acusação
Por outro lado, a acusação, defendida pelo advogado Welton Roberto, acredita que o réu sabia da presença de um policial militar próximo a sua residência.
"Não houve precipitação da polícia. Ele estava em perseguição a um suspeito de roubar um celular. Ao chegar no local, ele se identificou como policial. O réu vê, pega a arma e, no momento em que o capitão acredita que há alguém feito refém, recebe dois tiros, um deles atingindo-o fatalmente", expõe o advogado, que acrescenta: "ele deixou órfão um filho que não vai ser criado mais pelo pai".
A acusação pede condenação de 12 a 30 anos de prisão, por crime doloso e qualificado. "Ele agiu como bandido quando matou e agiu como bandido pra forçar um álibi, quando ligou para o Copom pedindo ajuda", finaliza.
Welton acrescentou que a defesa tem o direito de alegar o que quiser, mas terá que provar. "A defesa pode alegar tudo, até que a vítima suicidou. O problema é provar, e é isso que vamos fazer hoje. Eles vão provar o que dizem e nós vamos provar que é exatamente o contrário do que a defesa diz. A expectativa é de condenação. São muitas as provas".
Para o promotor Antônio Malta Marques, a defesa tenta argumentar, apenas, que Agnaldo não sabia que era a polícia. Porém, disse outra situação durante a fase de instrução processual.
"Ele aqui, em juízo, quando da instrução, confessou que verbalizou com o capitão que sabia que era a polícia e que foi buscar as chaves e aproveitou para apanhar a arma, deflagrando, em seguida, o tiro que causou a morte do capitão. Por isso, não se sustenta a tese de legítima defesa. Há, inclusive, a versão dada por quatro testemunhas de que o vizinho teria alertado para ele abrir a porta, pois era a polícia", externou Malta Marques.
Família
A mãe do capitão Rodrigo Rodrigues, Genilda Moreira Rodrigues, ao lado do marido, falou sobre o julgamento.
"Ninguém sabe o tamanho da nossa dor, perdemos o único filho. Cada dia que passa a dor aumenta. Ele não voltará, mas esperamos que o assassino pague pelo crime que cometeu, porque ele desmoronou as nossas vidas, deixou meu neto sem pai. Meu filho era um homem de bem, sem malícia, um menino gigante".
Genilda comentou, ainda, que "faz tudo para não desmoronar". "Hoje, só existem eu e meu marido, um idoso. Além de ter me deixado, deixou também a mulher, com cinco anos de casamento e um filho de oito meses na época. Espero justiça e condenação do réu. Sei que ele não volta, mas sendo condenado, para mim, resolve tudo".
O julgamento conta com um reforço na segurança. Mais de 20 policiais do Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (Tigre) estão posicionados nas dependências da sala do júri e nos corredores do fórum. Além disso, muitas pessoas querem assistir ao julgamento, cujo caso ganhou forte repercussão na imprensa.
O promotor José Antonio Malta Marques informou que o MPE vai pedir a condenação do réu por crime de homicídio qualificado, na qualificadora de quando se atinge um membro da segurança pública. "Não temos outra expectativa a não ser a condenação com a pena máxima".
O juiz Anderson Bastos, que vai conduzir o júri popular, disse estar aliviado pelo fato de a sessão acontecer em tempo hábil. "A expectativa é que o julgamento ocorra da melhor forma possível e o jurado chegue a um veredicto com uma sentença justa". O processo foi iniciado com o juiz titular da 9ª Vara. "O júri é o povo que julga, a função do juiz é fixar a sentença. A própria população é quem vai dizer o veredito".
Advogado de Agnaldo, Jionísio Pita diz que o que houve é o acúmulo, o excesso de trabalho que culminou em um erro de atuação do capitão, que estava entre os mais preparados de Alagoas e, naquele dia, cometeu um equívoco que lhe custou a vida.
A expectativa dele é que o júri chegue à absolvição. "Agnaldo jamais saiu da sua residência, acreditando na segurança e na paz do seu lar. Jamais ele acreditava se tratar de uma ação da polícia. Há gravação do Copom em que ele pede ajuda à polícia. Quem iria chamar a polícia um minuto depois de cometer um assassinato? O júri irá discernir que houve legítima defesa", disse o advogado.
Agnaldo tinha 26 anos de arma de registro. "Se neste tempo não houve incidente, o que houve agora foi defesa pessoal, de terceiro, que foi da namorada e proteção à sua residência", complementa o advogado de defesa.
A defesa complementou, afirmando ter havido erros de interpretação de ambos os lados. "Foram dois erros de interpretação: a interpretação equivocada do capitão, guiada por um GPS, que não era em tempo real e auxiliado pela vítima, que não tinha experiência policial nenhuma, e o erro de interpretação do Agnaldo, que acreditava estar sendo vítima de um assalto naquele momento".
Acusação
Por outro lado, a acusação, defendida pelo advogado Welton Roberto, acredita que o réu sabia da presença de um policial militar próximo a sua residência.
"Não houve precipitação da polícia. Ele estava em perseguição a um suspeito de roubar um celular. Ao chegar no local, ele se identificou como policial. O réu vê, pega a arma e, no momento em que o capitão acredita que há alguém feito refém, recebe dois tiros, um deles atingindo-o fatalmente", expõe o advogado, que acrescenta: "ele deixou órfão um filho que não vai ser criado mais pelo pai".
A acusação pede condenação de 12 a 30 anos de prisão, por crime doloso e qualificado. "Ele agiu como bandido quando matou e agiu como bandido pra forçar um álibi, quando ligou para o Copom pedindo ajuda", finaliza.
Welton acrescentou que a defesa tem o direito de alegar o que quiser, mas terá que provar. "A defesa pode alegar tudo, até que a vítima suicidou. O problema é provar, e é isso que vamos fazer hoje. Eles vão provar o que dizem e nós vamos provar que é exatamente o contrário do que a defesa diz. A expectativa é de condenação. São muitas as provas".
Para o promotor Antônio Malta Marques, a defesa tenta argumentar, apenas, que Agnaldo não sabia que era a polícia. Porém, disse outra situação durante a fase de instrução processual.
"Ele aqui, em juízo, quando da instrução, confessou que verbalizou com o capitão que sabia que era a polícia e que foi buscar as chaves e aproveitou para apanhar a arma, deflagrando, em seguida, o tiro que causou a morte do capitão. Por isso, não se sustenta a tese de legítima defesa. Há, inclusive, a versão dada por quatro testemunhas de que o vizinho teria alertado para ele abrir a porta, pois era a polícia", externou Malta Marques.
Família
A mãe do capitão Rodrigo Rodrigues, Genilda Moreira Rodrigues, ao lado do marido, falou sobre o julgamento.
"Ninguém sabe o tamanho da nossa dor, perdemos o único filho. Cada dia que passa a dor aumenta. Ele não voltará, mas esperamos que o assassino pague pelo crime que cometeu, porque ele desmoronou as nossas vidas, deixou meu neto sem pai. Meu filho era um homem de bem, sem malícia, um menino gigante".
Genilda comentou, ainda, que "faz tudo para não desmoronar". "Hoje, só existem eu e meu marido, um idoso. Além de ter me deixado, deixou também a mulher, com cinco anos de casamento e um filho de oito meses na época. Espero justiça e condenação do réu. Sei que ele não volta, mas sendo condenado, para mim, resolve tudo".
O julgamento conta com um reforço na segurança. Mais de 20 policiais do Tático Integrado de Grupos de Resgates Especiais (Tigre) estão posicionados nas dependências da sala do júri e nos corredores do fórum. Além disso, muitas pessoas querem assistir ao julgamento, cujo caso ganhou forte repercussão na imprensa.
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