'Queremos saber o que ele fez com ela, se matou, se vendeu', desabafa avó de Bárbara Regina

Por TNH1 02/10/2017 10h10 - Atualizado em 02/10/2017 13h01
Por TNH1 02/10/2017 10h10 Atualizado em 02/10/2017 13h01
'Queremos saber o que ele fez com ela, se matou, se vendeu', desabafa avó de Bárbara Regina
Foto: Divulgação
Cinco anos depois do desaparecimento de Bárbara Regina Gomes da Silva, 21 anos, em setembro de 2012, o homem apontado como autor do sequestro e morte da jovem, Otávio Cardoso da Silva Neto foi preso no Mato Grosso, pelo roubo de um carro, na cidade de Sinop, no sábado (30).

Para chegar a ele, uma investigação paralela foi montada pela família de Bárbara, que afirma nunca ter perdido a expectativa de esclarecer o crime. Até hoje, o corpo não foi encontrado, o que ainda coloca em dúvida a hipótese apontada pela polícia, de homicídio.

Com a prisão, o que a família quer é saber se a jovem foi mesmo assassinada e onde está o corpo. “A dúvida é pior que a certeza. Queremos saber realmente o que ele fez com a menina, se matou, se vendeu [traficou]. Queremos saber se a nossa suspeita tem fundamento, se ele foi autor material”, declarou a avó, Tereza Araújo, em entrevista por telefone.

“A gente nunca esqueceu”

Há exatos quatro dias, na quinta-feira da semana passada, o julgamento do acusado de outro crime, a morte da jovem estudante Giovanna Tenório, fez Valéria Araújo lembrar da filha. Para a mãe, Tereza, ela comentou: “Meu Deus, todo mundo resolve, menos a gente”.

A dor de não ter um desfecho para o sumiço da filha só foi amenizada no sábado, quando uma amiga da família, que mora no Mato Grosso, descobriu que Otávio Cardoso havia roubado um carro, um Honda HR-V branco de placa QBS-3521, de Sinop.

Por coincidência, o carro era do sogro dessa amiga. Em contato com a família de Bárbara, a mulher foi orientada a buscar a polícia do Mato Grosso, e em Alagoas, a advogada que acompanha o caso acionou a Secretaria de Segurança Pública para solicitar a transferência de Otávio.

“Minha filha colocou anúncios em todo o Brasil e falou com amigas até fora do país. Estava todo mundo de sobreaviso. A gente não esqueceu! O que estava ao nosso alcance, a gente fez”, conta a avó.

Para a família, Otávio Cardoso é apenas o autor material do crime e o mandante ainda precisa ser identificado. “Ele não tinha nada contra ela. Ele era ladrão, nunca tinha cometido um homicídio antes”, lembra Tereza Araújo.