'Estava superlotado', diz delegada que apura acidente com ônibus de Alagoas

Por G1-MG 03/09/2017 14h02 - Atualizado em 03/09/2017 17h05
Por G1-MG 03/09/2017 14h02 Atualizado em 03/09/2017 17h05
'Estava superlotado', diz delegada que apura acidente com ônibus de Alagoas
Foto: Divulgação
O ônibus que transportava turistas de Alagoas para São Paulo e se envolveu em um grave acidente na BR-146, em Minas Gerais, estava superlotado, segundo depoimento de dois passageiros à Polícia Civil mineira nesse sábado (02). A delegada, Ana Cláudia Passos, já iniciou as investigações acerca do acidente que deixou 6 pessoas mortas..

De acordo com a delegada, os passageiros contaram que 66 pessoas estavam no interior do veículo, que tinha 46 poltronas. O comando da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Patos de Minas informa 45 lugares e 52 passageiros, incluindo o motorista.

Entre os passageiros, estavam crianças no colo das mães e outras dormindo em colchões, no assoalho do veículo.

Motorista diz que corria por medo de assalto

As testemunhas também disseram à Passos que o motorista seguia em alta velocidade na região e que, em determinado momento, eles foram até a porta para alertá-lo.

"O motorista e o proprietário do veículo teriam dito que estavam correndo para tentar despistar o carro que seguia o ônibus, porque achavam que seriam assaltantes", disse a delegada.

Os passageiros não souberam precisar o local da suposta perseguição e informaram que, pouco tempo depois, na curva do trecho próximo a Serra do Salitre, o ônibus tombou e caiu na ribanceira.

Como o motorista faleceu e o proprietário, que também estava no ônibus e revezava a direção, foi levado para atendimento em Araxá, a polícia ainda não conseguiu identificar se o veículo estava irregular, nem contatar a empresa responsável pelo transporte, que fica em Alagoas.

A prioridade, neste momento, é a identificação dos corpos que estão no Instituto Médico Legal (IML) de Patrocínio. A equipe da TV Integração foi até o hospital onde o proprietário do veículo está internado, mas ele não quis receber a reportagem e informou que não irá se pronunciar, pois tudo o que tinha para falar foi feito à polícia.