OAB acompanha caso de PM suspeito de atirar contra advogados após colisão

Por Gazeta Web com Assessoria 21/08/2017 13h01 - Atualizado em 21/08/2017 16h04
Por Gazeta Web com Assessoria 21/08/2017 13h01 Atualizado em 21/08/2017 16h04
OAB acompanha caso de PM suspeito de atirar contra advogados após colisão
Foto: Divulgação
Um sargento da Polícia Militar de Alagoas foi preso, na noite desse domingo (20), suspeito de tentativa de homicídio contra dois advogados. O caso aconteceu nas proximidades do Hospital Universitário (HU), após o militar colidir seu veículo na traseira do automóvel onde estavam os advogados.

Os advogados, que preferem não se identificar, retornavam de Recife, onde realizaram a prova de um concurso público. Ao passarem por uma lombada, diminuíram a velocidade do veículo e foram surpreendidos com a colisão. O militar alegou não ter culpa da batida e, apesar da tentativa de resolver o problema no local, o sargento tentou fugir, mas foi impedido.

Quando um dos advogados desceu do carro para fotografar a placa do veículo, foi surpreendido com o sargento apontando a pistola em sua direção. O advogado correu e ouviu vários disparos deflagrados contra ele, mas não foi atingido.

O sargento conseguiu fugir, mas, após os advogados acionarem a polícia, ele foi abordado e preso em flagrante. Uma equipe da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) também esteve no local para a realização do teste do bafômetro, no entanto, como o sargento se negou a se submeter ao exame, foi lavrado um Termo de Constatação de Embriaguez (TCE).

Ao tomar conhecimento do caso, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL) determinou o acompanhamento aos advogados pela Comissão de Prerrogativas. Durante a ocorrência, o integrante da comissão, Pedro Accioly, deu suporte aos advogados durante o depoimento que aconteceu na Central de Flagrantes, para onde foram levados.

"A OAB Alagoas deu todo o suporte aos advogados e vai continuar acompanhando de perto todo o caso. Infelizmente essa é mais uma situação envolvendo militares, e casos que se repetem constantemente em nosso estado. A Comissão de Prerrogativas vai cobrar que todas as medidas cabíveis sejam adotadas e que o militar responda pelos crimes que cometeu", disse o membro das Prerrogativas, Pedro Accioly.

Um procedimento administrativo e criminal foi instaurado pela Polícia Militar. Após o depoimento, o sargento foi levado para o Batalhão ao qual pertence, onde permanece detido.