Vídeo. Advogada diz que ficou ‘extremamente constrangida’ após desembargador questionar sua roupa

advogada Pamela Helena de Oliveira Amaral, de 33 anos, contou que ficou “extremamente constrangida” após desembargador ameaçar deixar uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho, em Goiânia, devido à roupa dela. Um vídeo mostra quando o magistrado diz que ela está usando camiseta. No entanto, ela estava com um macacão longo.
O desembargador Eugênio Cesário, diz que as vestimentas da advogada não estavam adequadas ao local. “O fórum é todo feito de simbologia, olha as bandeiras de simbologia lá, olha nossas togas, a que a senhora vai vestir aí e a senhora vem fazer uma sustentação oral de camiseta? Se for para fazer, eu saio”, criticou.
Pamela conta que é advogada há cinco anos e nunca passou e nem viu uma situação parecida. “Um dia antes eu tinha ido ao TST, que é uma instância superior, com uma roupa parecida, um vestido de alça, e ninguém falou nada. Já usei o mesmo macacão em outras situações e nunca tive problema”, relatou.
A advogada conta que tem uma filha de dois anos e amamentava até dois meses atrás. “Eu uso muito dessas roupas com alça para facilitar a amamentação. Eu estava apenas com os braços de fora, mas eu colocaria a toga e nem daria para ver”, explicou.
Além disso, a Pamela aponta que não há uma norma escrita determinando que peças de roupa usar ou não nesse tipo de situação e que ela não estava com nenhuma vestimenta que fosse chamativa ou desrespeitosa.
“No vídeo, uma desembargadora disse que eu estava de vestido, não de camiseta como achou o desembargador. Como eu estava já tremendo de nervosa, envergonhada, concordei e nem expliquei que era um macacão. O vídeo não mostra, mas ele diz que se recusava a continuar lá e saiu. Depois que eu peguei um blazer emprestado é que ele voltou”, continuou.
Por fim ela considera que a atitude do magistrado foi desmedida. “Faltou bom senso e ética da parte dele ao me tratar assim na frente de todos”, afirmou Pamela.
A advogada informou que vai requerer as imagens gravadas pelo próprio TRT durante a sessão e formalizará uma reclamação junto à Ordem dos Advogados do Brasil para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
Em nota, o TRT afirmou que entende ser um "incidente isolado", e acredita na manutenção das boas relações mantidas com os advogados. A reportagem não conseguiu contato com o desembargador Eugênio Cesário.
Já a Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) publicou duas notas de repúdio no site do órgão. A instituição considerou que “por conta de um julgamento pessoal e desarrazoado, o magistrado inviabilizou que a advogada fizesse uso da Tribuna para a defesa dos interesses de seu constituinte”.
Além disso, explica que compete apenas à OAB determinar critérios para o traje dos advogados no exercício profissional.
A Comissão da Mulher Advogada também repudiou o ato do magistrado, inclusive pelo “tom autoritário proferido” e que está requerendo providências à direção da OAB para apurar os fatos e tomar as medidas por justiça e coação de novos casos similares.
Assista o vídeo:
O desembargador Eugênio Cesário, diz que as vestimentas da advogada não estavam adequadas ao local. “O fórum é todo feito de simbologia, olha as bandeiras de simbologia lá, olha nossas togas, a que a senhora vai vestir aí e a senhora vem fazer uma sustentação oral de camiseta? Se for para fazer, eu saio”, criticou.
Pamela conta que é advogada há cinco anos e nunca passou e nem viu uma situação parecida. “Um dia antes eu tinha ido ao TST, que é uma instância superior, com uma roupa parecida, um vestido de alça, e ninguém falou nada. Já usei o mesmo macacão em outras situações e nunca tive problema”, relatou.
A advogada conta que tem uma filha de dois anos e amamentava até dois meses atrás. “Eu uso muito dessas roupas com alça para facilitar a amamentação. Eu estava apenas com os braços de fora, mas eu colocaria a toga e nem daria para ver”, explicou.
Além disso, a Pamela aponta que não há uma norma escrita determinando que peças de roupa usar ou não nesse tipo de situação e que ela não estava com nenhuma vestimenta que fosse chamativa ou desrespeitosa.
“No vídeo, uma desembargadora disse que eu estava de vestido, não de camiseta como achou o desembargador. Como eu estava já tremendo de nervosa, envergonhada, concordei e nem expliquei que era um macacão. O vídeo não mostra, mas ele diz que se recusava a continuar lá e saiu. Depois que eu peguei um blazer emprestado é que ele voltou”, continuou.
Por fim ela considera que a atitude do magistrado foi desmedida. “Faltou bom senso e ética da parte dele ao me tratar assim na frente de todos”, afirmou Pamela.
A advogada informou que vai requerer as imagens gravadas pelo próprio TRT durante a sessão e formalizará uma reclamação junto à Ordem dos Advogados do Brasil para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
Em nota, o TRT afirmou que entende ser um "incidente isolado", e acredita na manutenção das boas relações mantidas com os advogados. A reportagem não conseguiu contato com o desembargador Eugênio Cesário.
Já a Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) publicou duas notas de repúdio no site do órgão. A instituição considerou que “por conta de um julgamento pessoal e desarrazoado, o magistrado inviabilizou que a advogada fizesse uso da Tribuna para a defesa dos interesses de seu constituinte”.
Além disso, explica que compete apenas à OAB determinar critérios para o traje dos advogados no exercício profissional.
A Comissão da Mulher Advogada também repudiou o ato do magistrado, inclusive pelo “tom autoritário proferido” e que está requerendo providências à direção da OAB para apurar os fatos e tomar as medidas por justiça e coação de novos casos similares.
Assista o vídeo:
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