Homem queimado vivo tinha problemas mentais, diz delegado

Por TNH1 16/08/2017 14h02 - Atualizado em 16/08/2017 17h05
Por TNH1 16/08/2017 14h02 Atualizado em 16/08/2017 17h05
Homem queimado vivo tinha problemas mentais, diz delegado
Foto: TNH1
O delegado Fábio Costa, durante uma entrevista ao vivo no programa Fique Alerta, da TV Pajuçara, na manhã desta quarta-feira (16), informou que não há fatos que provem que o homem que foi queimado vivo na tarde de ontem, em Rio Largo, estaria cometendo atos obscenos ou que ele tenha molestado alguém. Ele confirmou ainda que o homem vítima do crime que chocou Alagoas era doente mental.

“Ninguém foi a nenhuma delegacia da Polícia Civil denunciar ele teria molestado alguém, ou que ele estaria cometendo atos obscenos em via pública, sendo assim, não há provas das acusações que foram feitas contra ele”, afirmou o delegado que completou a informação dizendo que “ele era um doente mental e a população agiu, sem reflexão, num ato de barbárie”.

Para o delegado, mesmo que o ato obsceno tivesse sido confirmado, a agressão, que resultou na morte do homem, ainda não identificado pelo Instituto Médico Legal, não seria justificada. “Mesmo que ele estivesse se masturbando, ele foi amarrado, arrastado num carro e ao chegar a um canavial atearam fogo nele ainda vivo, uma ação que deve ser repudiada”, afirmou o delegado.

Ainda segundo o delegado, os três homens que foram presos, ainda na tarde de ontem acusados de cometer o crime e que foram apontados como sendo traficantes do bairro pelo delegado plantonista, Manoel Wanderley, “alegaram que a vítima seria doente mental e que foram forçados pela população a fazer isso”.