Curador do jogo Baleia Azul denunciado em reportagem é preso

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na manhã desta terça-feira (18), em Nova Iguaçu, um jovem de 23 anos investigado sob suspeita de ser curador do jogo Baleia Azul, série de 50 desafios que deve ser cumprida até chegar ao suicídio.
O rapaz foi identificado e passou a ser investigado pela Polícia Civil fluminense após meses de investigações jornalísticas do Núcleo de Reportagens Investigativas da Record TV. É a primeira prisão de alguém envolvido diretamente na curadoria do Baleia Azul ocorrida no País.
A equipe de jornalistas da Record TV se infiltrou em comunidades restritas e chegou até um administrador do jogo se fazendo passar por uma pessoa adepta aos desafios.
Depois de fingir cumprir as ordens, uma vez por dia, a produção conseguiu se encontrar com o moderador. Sem desconfiar que a conversa era gravada, o rapaz falou sobre o jogo Baleia Azul e contou à suposta vítima, uma produtora da Record TV, porque queria levar os jovens a cometer o suicídio.
A reportagem que identificou o primeiro moderador do jogo Baleia Azul no Brasil foi exibida pelo Jornal da Record em 31 de maio deste ano. Ela fez parte de uma série especial sobre suicídio.
Ao ser preso na manhã desta terça-feira, “Calango”, que era como o moderador pedia para ser chamado durante os desafios do jogo Baleia Azul, afirmou à Polícia Civil fluminense ter sido curador de ao menos 30 jovens.
Todos os casos serão investigados pela polícia, que tentará descobrir se alguma delas foi efetivamente induzida ao suicídio pelo rapaz.
“Eu gosto de ver as pessoas sofrerem”, diz curador da Baleia Azul encontrado por reportagem da Record TV
“Em 30 anos de profissão, eu havia conhecido apenas um psicopata. Este é o segundo”. A frase, que ressoou como um tambor dentro da pequena sala onde as reportagens são editadas, foi dita pelo delegado José Mariano de Araújo Filho, da Delegacia de Investigações sobre Crimes Cometidos por Meios Eletrônicos, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Desse momento em diante, o Núcleo de Investigações Jornalísticas da Record TV teve a certeza de que o desafio da Baleia Azul transcendeu os limites de uma suposta brincadeira na internet.
No mês de abril, o Núcleo mergulhou no oceano das redes sociais a fim de encontrar “curadores” imersos no jogo mortal (veja abaixo reportagem que foi ao ar nesta quarta-feira no Jornal da Record). Com um perfil falso no Facebook e no aplicativo WhatsApp, a equipe de jornalistas se passou por uma jovem de 19 anos, bonita, dona de uma personalidade frágil e que procurava um sentido na vida, o suicídio. Uma “isca”.
Durante o processo de busca na internet, entramos em grupos do Baleia Azul à procura de termos que faziam menção aos desafios mortais. Navegamos, adicionamos usuários no Facebook e trocamos mensagens com eles, até encontrar um “curador” — figura responsável por passar os 50 desafios que levam os seguidores, chamados de “baleias”, a tirar a vida. Em síntese, Baleia Azul é um conjunto de tarefas diárias a serem cumpridas — até que se atinja o objetivo final, o suicídio.
Primeiro contato
No primeiro contato com o curador, surgiu a pergunta: “quer jogar?”. Respondemos “sim, muito”. Após questionar os motivos, o curador também quis saber se a nossa personagem tinha algum problema de saúde.
No mesmo dia, o predador passou a primeira das 50 tarefas — que não serão descritas pela nossa reportagem por orientação da psicóloga Alexandrina Meleiro, coordenadora da Comissão de Estudo e Prevenção ao Suicídio da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
Nesse ponto, a investigação se tornou também um desafio técnico. Descobrir a identidade do nosso interlocutor foi o primeiro problema enfrentado, pois ele utilizava um nome falso, pedia para ser chamado de “Calango”, e só mantinha conversas escritas por um aplicativo de celular pré-pago, sem cadastro nas companhias telefônicas.
Apresentar as automutilações a pedido de “Calango” foi outra barreira. O obstáculo foi superado por maquiadores profissionais, que criaram cicatrizes falsas para levar o “curador” a acreditar no cumprimento das tarefas.
Entre os desafios realizados ouvimos músicas depressivas, assistimos a filmes de terror e recebemos ordens para praticar cinco automutilações. Enquanto o time de jornalistas era submetido às tarefas, os laços de confiança com o “curador” se estreitavam.
O rapaz foi identificado e passou a ser investigado pela Polícia Civil fluminense após meses de investigações jornalísticas do Núcleo de Reportagens Investigativas da Record TV. É a primeira prisão de alguém envolvido diretamente na curadoria do Baleia Azul ocorrida no País.
A equipe de jornalistas da Record TV se infiltrou em comunidades restritas e chegou até um administrador do jogo se fazendo passar por uma pessoa adepta aos desafios.
Depois de fingir cumprir as ordens, uma vez por dia, a produção conseguiu se encontrar com o moderador. Sem desconfiar que a conversa era gravada, o rapaz falou sobre o jogo Baleia Azul e contou à suposta vítima, uma produtora da Record TV, porque queria levar os jovens a cometer o suicídio.
A reportagem que identificou o primeiro moderador do jogo Baleia Azul no Brasil foi exibida pelo Jornal da Record em 31 de maio deste ano. Ela fez parte de uma série especial sobre suicídio.
Ao ser preso na manhã desta terça-feira, “Calango”, que era como o moderador pedia para ser chamado durante os desafios do jogo Baleia Azul, afirmou à Polícia Civil fluminense ter sido curador de ao menos 30 jovens.
Todos os casos serão investigados pela polícia, que tentará descobrir se alguma delas foi efetivamente induzida ao suicídio pelo rapaz.
“Eu gosto de ver as pessoas sofrerem”, diz curador da Baleia Azul encontrado por reportagem da Record TV
“Em 30 anos de profissão, eu havia conhecido apenas um psicopata. Este é o segundo”. A frase, que ressoou como um tambor dentro da pequena sala onde as reportagens são editadas, foi dita pelo delegado José Mariano de Araújo Filho, da Delegacia de Investigações sobre Crimes Cometidos por Meios Eletrônicos, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Desse momento em diante, o Núcleo de Investigações Jornalísticas da Record TV teve a certeza de que o desafio da Baleia Azul transcendeu os limites de uma suposta brincadeira na internet.
No mês de abril, o Núcleo mergulhou no oceano das redes sociais a fim de encontrar “curadores” imersos no jogo mortal (veja abaixo reportagem que foi ao ar nesta quarta-feira no Jornal da Record). Com um perfil falso no Facebook e no aplicativo WhatsApp, a equipe de jornalistas se passou por uma jovem de 19 anos, bonita, dona de uma personalidade frágil e que procurava um sentido na vida, o suicídio. Uma “isca”.
Durante o processo de busca na internet, entramos em grupos do Baleia Azul à procura de termos que faziam menção aos desafios mortais. Navegamos, adicionamos usuários no Facebook e trocamos mensagens com eles, até encontrar um “curador” — figura responsável por passar os 50 desafios que levam os seguidores, chamados de “baleias”, a tirar a vida. Em síntese, Baleia Azul é um conjunto de tarefas diárias a serem cumpridas — até que se atinja o objetivo final, o suicídio.
Primeiro contato
No primeiro contato com o curador, surgiu a pergunta: “quer jogar?”. Respondemos “sim, muito”. Após questionar os motivos, o curador também quis saber se a nossa personagem tinha algum problema de saúde.
No mesmo dia, o predador passou a primeira das 50 tarefas — que não serão descritas pela nossa reportagem por orientação da psicóloga Alexandrina Meleiro, coordenadora da Comissão de Estudo e Prevenção ao Suicídio da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
Nesse ponto, a investigação se tornou também um desafio técnico. Descobrir a identidade do nosso interlocutor foi o primeiro problema enfrentado, pois ele utilizava um nome falso, pedia para ser chamado de “Calango”, e só mantinha conversas escritas por um aplicativo de celular pré-pago, sem cadastro nas companhias telefônicas.
Apresentar as automutilações a pedido de “Calango” foi outra barreira. O obstáculo foi superado por maquiadores profissionais, que criaram cicatrizes falsas para levar o “curador” a acreditar no cumprimento das tarefas.
Entre os desafios realizados ouvimos músicas depressivas, assistimos a filmes de terror e recebemos ordens para praticar cinco automutilações. Enquanto o time de jornalistas era submetido às tarefas, os laços de confiança com o “curador” se estreitavam.
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