Ex-funcionária acusa deputado Tiririca de assédio sexual: ‘Desabotoou as calças’

Por Redação com Agências 04/07/2017 08h08 - Atualizado em 04/07/2017 11h11
Por Redação com Agências 04/07/2017 08h08 Atualizado em 04/07/2017 11h11
Ex-funcionária acusa deputado Tiririca de assédio sexual: ‘Desabotoou as calças’
Foto: Alexandra Martins/Câmara dos Deputados
Uma ex-funcionária do deputado federal Tiririca (PR-SP) acusa o parlamentar de assédio sexual. A denúncia foi feita pela empregada doméstica em um processo trabalhista e reafirmada por ela à Polícia Civil do DF depois que a esposa de Tiririca registrou uma ocorrência de extorsão contra a mulher. Por se tratar de fato envolvendo parlamentar, com prerrogativa de foro, o caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A petição, a qual o Metrópoles teve acesso, foi distribuída na última quarta-feira (28/6) ao ministro Celso de Mello, que ficará encarregado de dar andamento ao processo.

De acordo com Maria Lúcia Gonçalves Freitas de Lima, Tiririca — nome artístico de Francisco Everardo Oliveira Silva — teria praticado o assédio em pelo menos duas ocasiões, em São Paulo e em Fortaleza, no ano passado. Em depoimento aos policiais da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), no dia 20 de junho deste ano, Maria Lúcia narrou os episódios.

Segundo o relato, a primeira investida ocorreu durante uma viagem com o casal e a filha deles para São Paulo em 24 de maio do ano passado, onde o deputado participaria de uma entrevista no Programa do Jô. Eles teriam ficado no apartamento do parlamentar. No dia seguinte, ao voltar da gravação do programa, Tiririca, “exalando odor etílico”, segundo Maria Lúcia, teria começado o assédio.

Ainda segundo o relato da doméstica, Tiririca a agarrou pelo braço, jogou-a no sofá e a segurou com força por trás e pela cintura. Ele dizia, segundo a reclamante, que faria sexo anal e vaginal com ela. O deputado teria desabotoado as calças, e a doméstica começou a ficar com medo. Depois, conseguiu se soltar e ficou atrás do sofá até que o parlamentar teria corrido atrás dela com as calças nos joelhos. A cena, segundo Maria Lúcia, foi presenciada por Nana, por supostos assessores do político e pela filha de 8 anos do casal — a única que a teria defendido, enquanto os outros riam.