Adolescente suspeito de matar irmã se apresenta à polícia nesta quinta (29)

Por Redação com Gazetaweb 29/06/2017 07h07 - Atualizado em 29/06/2017 10h10
Por Redação com Gazetaweb 29/06/2017 07h07 Atualizado em 29/06/2017 10h10
Adolescente suspeito de matar irmã se apresenta à polícia nesta quinta (29)
Foto: Jonathan Lins/G1
O garoto J.V.C.S., de 14 anos, deve se apresentar, às 10 horas de hoje, à delegada Teíla Rocha Nogueira, da Delegacia da Criança e do Adolescente. Ele é suspeito de ter matado, a golpes de faca, a própria irmã, a jovem Júlia Izabel Chauvin, 17 anos, durante uma suposta crise de sonambulismo. O fato aconteceu na madrugada da última terça-feira, 27, dentro do quarto em que a vítima dormia, na casa da família, no Village Campestre II, em Maceió.

O adolescente será acompanhado por membros da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL), de conselheiros tutelares e familiares. A informação foi confirmada pelo conselheiro tutelar Henrique Leite, que acompanha o caso desde o início.

Ele disse que J.V.C.S. não se apresentou antes devido a um erro na intimação, que encaminhava o jovem à Delegacia de Homicídios. “Entramos em contato com a delegacia para que a intimação fosse adequada para o menor e que ele fosse encaminhado à delegacia especializada”, esclareceu o conselheiro.

Conforme o advogado Ricardo Santana, que atua na Vara da Infância e da Adolescência (para onde o caso deve ser encaminhado), após ser ouvido, o adolescente ficará sob os cuidados dos pais.

O inquérito policial será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE) e, no Juizado da Infância e da Juventude da Capital, o garoto volta a depor. Em seguida, se explicará novamente, desta vez na audiência de apresentação.

Nesta fase, informou Ricardo Santana, o menor será ouvido pelo juiz, promotor e defesa. “Se ficar caracterizado que o adolescente tem problemas de sonambulismo (por meio de laudos psicológicos, psiquiátricos ou neurológicos), o caso será encerrado e o processo, arquivado, indo o adolescente direto para casa, na mesma hora”, informou.

Ontem, o conselheiro tutelar voltou a informar que parentes e vizinhos do menor mantêm a versão de que o crime se trata de uma fatalidade. “Além de ouvir o depoimento dos mais próximos, fomos também à escola onde ele estuda. A diretora informou que é um aluno exemplar, com boas notas, nunca falta a uma aula. Não é possível que todo mundo esteja errado”, afirmou Henrique Leite.