'Nunca precisei tomar remédios para dormir, até ser estuprada', diz arapiraquense
Às 5 horas da manhã, como de costume, ela já estava pronta para trabalhar, com intuito de ajudar nas despesas de casa e ter o suficiente para cuidar de seus dois filhos. No dia 8 de junho de 2017, acordou muito cedo, ainda na escuridão da madrugada, para tomar um banho, um café, vestir a roupa de trabalho e enfrentar a labuta diária. Nossa personagem de hoje tem 24 anos e traz um relato triste de um duplo estupro ocorrido na zona rural de Arapiraca. Neste texto, ela será chamada apenas de Marcela, para preservar sua identidade e sua segurança.
No caminho para o trabalho, Marcela foi abordada por dois homens, na zona rural de Arapiraca. A princípio, as intenções dos criminosos pareciam ser apenas de assalto, anunciado à vítima durante a abordagem. Com arma em punho, eles roubaram documentos pessoais, cartões de crédito e a quantia de R$ 400,00. Mas ainda acharam pouco! Marcela foi estuprada ali mesmo - pelos dois criminosos.
“Roubaram a minha vida, pois não consigo ser a mesma pessoa de antes. Estava indo trabalhar para ganhar o sustento de meus filhos e esses miseráveis fizeram isso. Eu estou desesperada, angustiada! Nunca precisei tomar remédios para dormir”, comenta Marcela. Um dos criminosos era moreno, alto e magro; e o outro, loiro, forte e de estatura baixa.
A denúncia foi feita no mesmo dia, na Delegacia da Mulher de Arapiraca, onde foi confeccionado um Boletim de Ocorrência. Marcela foi encaminhada ao hospital para a realização de exames e, logo após, conduzida ao Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca, para exames de corpo de delito. Em seguida, a vítima precisou ser levada para Maceió, onde tomou toda a medicação contra possíveis doenças, assim como contra o HIV. O tratamento químico continua, até que sejam banidas todas as possibilidades de contágio.
No caminho para o trabalho, Marcela foi abordada por dois homens, na zona rural de Arapiraca. A princípio, as intenções dos criminosos pareciam ser apenas de assalto, anunciado à vítima durante a abordagem. Com arma em punho, eles roubaram documentos pessoais, cartões de crédito e a quantia de R$ 400,00. Mas ainda acharam pouco! Marcela foi estuprada ali mesmo - pelos dois criminosos.
“Roubaram a minha vida, pois não consigo ser a mesma pessoa de antes. Estava indo trabalhar para ganhar o sustento de meus filhos e esses miseráveis fizeram isso. Eu estou desesperada, angustiada! Nunca precisei tomar remédios para dormir”, comenta Marcela. Um dos criminosos era moreno, alto e magro; e o outro, loiro, forte e de estatura baixa.
A denúncia foi feita no mesmo dia, na Delegacia da Mulher de Arapiraca, onde foi confeccionado um Boletim de Ocorrência. Marcela foi encaminhada ao hospital para a realização de exames e, logo após, conduzida ao Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca, para exames de corpo de delito. Em seguida, a vítima precisou ser levada para Maceió, onde tomou toda a medicação contra possíveis doenças, assim como contra o HIV. O tratamento químico continua, até que sejam banidas todas as possibilidades de contágio.
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"Marcela", durante tratamento em hospital de Maceió.
Marcela quase desistiu da vida, mas pensou nos dois filhos. “Decidi, eu não quero mais meu corpo. Eu estou horrorizada com ele, eu não sei o que entrou nele, se está contaminado, quem havia tocado nele. Eu quero tirar meu corpo. Violência não é um sinal de força, a violência é um sinal de desespero e fraqueza [...] um dia quero chorar todas as dores que ainda não chorei”, disse em rede social, reforçando que estava morrendo por dentro, a cada dia.
Denúncia
Angustiada, Marcela procurou o Centro de Referência de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência (Cramsv) de Arapiraca, que funciona no bairro Alto do Cruzeiro. Mas, para sua surpresa, não havia psicólogo para atender às demandas mais urgentes.
Em resposta, a Assessoria de Comunicação de Arapiraca informou que o Cramsv passou por mudança de endereço e, por isso, houve também adequação do quadro de profissionais. Disse ainda que as mulheres vítimas de violência doméstica estão sendo atendidas temporariamente no Centro de Referência Integrada de Arapiraca (CRIA).
Entretanto, Marcela afirmou que procurou o CRIA, mas foi informada que não estão sendo atendidos casos de urgência, sendo necessário um encaminhamento do Cramsv e a marcação de consulta com o profissional solicitado.
A culpa não é da vítima
A culpabilização da vítima tem sido recorrente nos casos de estupro Brasil afora. Mulheres submetidas a violência sexual têm, muitas vezes, deixado de denunciar os agressores por medo de serem julgadas pela sociedade, pela família, ou por amigos, e acabam sofrendo sozinhas. Outro ponto que as intimida são as possíveis ameaças feitas pelos estupradores após o crime.
Os casos são realmente constrangedores, mas é preciso buscar medidas protetivas nos órgãos públicos que oferecem serviços de apoio e denunciar os casos nas unidades de Segurança Pública, principalmente nas delegacias da Mulher.
Não é salutar que homens se achem no direito de violar o corpo de quem quer que seja. É preciso entender que quando se diz NÃO, significa NÃO! Muitas mulheres reproduzem comentários machistas, com o intuito de se adequar a grupos que pensam da mesma maneira, mas esquecem que elas também são vítimas em potencial por toda a vida. Para ser vítima, basta ser mulher.
As denúncias também podem ser feitas por amigos, vizinhos e familiares e com a constatação de flagrante pela polícia, o denunciado pode ser preso. Denuncie através do 180.
Denúncia
Angustiada, Marcela procurou o Centro de Referência de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência (Cramsv) de Arapiraca, que funciona no bairro Alto do Cruzeiro. Mas, para sua surpresa, não havia psicólogo para atender às demandas mais urgentes.
Em resposta, a Assessoria de Comunicação de Arapiraca informou que o Cramsv passou por mudança de endereço e, por isso, houve também adequação do quadro de profissionais. Disse ainda que as mulheres vítimas de violência doméstica estão sendo atendidas temporariamente no Centro de Referência Integrada de Arapiraca (CRIA).
Entretanto, Marcela afirmou que procurou o CRIA, mas foi informada que não estão sendo atendidos casos de urgência, sendo necessário um encaminhamento do Cramsv e a marcação de consulta com o profissional solicitado.
A culpa não é da vítima
A culpabilização da vítima tem sido recorrente nos casos de estupro Brasil afora. Mulheres submetidas a violência sexual têm, muitas vezes, deixado de denunciar os agressores por medo de serem julgadas pela sociedade, pela família, ou por amigos, e acabam sofrendo sozinhas. Outro ponto que as intimida são as possíveis ameaças feitas pelos estupradores após o crime.
Os casos são realmente constrangedores, mas é preciso buscar medidas protetivas nos órgãos públicos que oferecem serviços de apoio e denunciar os casos nas unidades de Segurança Pública, principalmente nas delegacias da Mulher.
Não é salutar que homens se achem no direito de violar o corpo de quem quer que seja. É preciso entender que quando se diz NÃO, significa NÃO! Muitas mulheres reproduzem comentários machistas, com o intuito de se adequar a grupos que pensam da mesma maneira, mas esquecem que elas também são vítimas em potencial por toda a vida. Para ser vítima, basta ser mulher.
As denúncias também podem ser feitas por amigos, vizinhos e familiares e com a constatação de flagrante pela polícia, o denunciado pode ser preso. Denuncie através do 180.

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