Família diz que mulher que matou e enterrou deficiente físico era agressiva

Por Redação com G1 Alagoas 24/02/2017 07h07 - Atualizado em 24/02/2017 10h10
Por Redação com G1 Alagoas 24/02/2017 07h07 Atualizado em 24/02/2017 10h10
Família diz que mulher que matou e enterrou deficiente físico era agressiva
Foto: Arquivo Pessoal
A sobrinha do deficiente físico José Severo dos Santos, que foi encontrado morto enterrado no quintal de casa na noite da quarta-feira (22), em Murici, disse que o tio já havia sido agredido pela a esposa, Maria José, que confessou o crime e mostrou à polícia onde havia enterrado o corpo do companheiro.

"Já presenciei diversas brigas entres eles. A Maria José era bastante agressiva e uma das brigas ela tentou esfaquear meu tio", conta Mônica Albertino ao relatar que família está chocada com a tragédia.

O delegado responsável pelo caso, Caio Rodrigues, disse que apesar de Maria José confessar o crime as investigações continuam porque a polícia quer saber a real motivação do homicídio e se de fato ela agiu sozinha.

Crime
O deficiente físico José Severo dos Santos, o 'Zé da Cadeira', foi encontrado morto, na noite de quarta-feira (22), no quintal da própria casa na zona rural de Murici, após passar cinco dias desaparecido. A esposa dele, Maria José disse que matou o companheiro enquanto ele dormia porque suspeitava que ele estava se relacionando com outra mulher.

A informação inicial era de que a mulher teria esquartejado o marido, mas de acordo com o delegado Caio Rodrigues, o corpo não chegou a ser desmembrado, mas apresentava lesões profundas causadas por um facão.

“Ela disse que a vítima ainda chegou a acordar, mas que empurrou o lençol em sua boca para não fazer barulho, terminou de matar, enrolou o corpo com o lençol, levou até o quintal e enterrou. Depois cobriu com cimento. Em seguida, comprou tinta e pintou o quarto para retirar as marcas de sangue. Ela não chegou a desmembrar o corpo, mas o que podemos observar é que ele tinha lesões profundas", disse o delegado.

Ela disse, na polícia, que agiu sozinha, mas o delegado informou que está trabalhando, agora, para confirmar se ciúmes esta foi mesmo a motivação e se não houve a participação de mais alguém na execução e na ocultação do corpo. O casal estava junto há 17 anos e tinha um filho de 14 anos.

"Nós conseguimos retirar o corpo com a ajuda do Corpo de Bombeiros. Antes do marido ser encontrado, ela chegou a registrar um Boletim de Ocorrência sobre o desaparecimento dele, mas a história não se sustentou e ela acabou confessando dias depois", reforça o delegado.

A prisão preventiva de Maria José já foi solicitada e ela está detida na delegacia de Murici. Um facão utilizado no crime foi encontrado dentro da casa do casal, assim como a cadeira de rodas da vítima, que estava ao lado de onde ele foi enterrado.

"Ela está presa por homicídio qualificado e ocultação de cadáver", finaliza o delegado Caio Rodrigues.