Policiais civis levam caixão à orla de Maceió para 'sepultar segurança'
Integrantes do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) levaram velas, cruzes e um caixão para a orla de Ponta Verde, em Maceió, nesta quinta-feira (27), para um ato simbólico de “sepultamento da segurança pública”.
Segundo o Sindpol, Alagoas continua em 1º lugar no ranking de violência do Brasil por conta do descaso com as reivindicações dos profissionais de segurança pública.
Os policiais reivindicam o cumprimento da pauta de negociações, que contém 23 itens. Entre eles, o reajuste do piso salarial, a revisão do Plano de Cargos, Carreira e Subsídios (PCCS), o pagamento de risco de vida e de insalubridade, o fim do desvio de função que é a custódia de preso, o plano de saúde mantido pelo Estado, entre outros.
Segundo o Sindpol, o Governo de Alagoas não concedeu nenhum desses itens à categoria. Na terça (26), os policiais civis paralisaram as atividades por 24 horas.
O vice-diretor jurídico do Sindpol, Ricardo Nazário, relatou que 95% dos coletes balísticos da Polícia Civil estão vendidos, “Estamos aqui para sepultar a segurança pública do estado, pois não temos segurança para trabalhar. O último lote de coletes se vence no dia 7 de novembro. O delegado-geral [Paulo Cerqueira] disse que até dezembro os coletes vão chegar, mas caso eles não sejam entregues, haverá greve geral, porque não temos condições de trabalhar assim”, disse.
De acordo com Nazário, em 21 meses aconteceram 3.175 homicídios, 5.961 assaltos a pedestres, 4.500 roubos de veículos e 952 estupros em Alagoas. Na segunda-feira (31), os policiais civis irão realizar uma assembleia geral no Auditório do Sindicato dos Urbanitários, às 13h, onde irão discutir se a categoria entrará em greve.
Governador repudia ato
Durante solenidade da abertura do Proleite, realizado na manhã desta quinta, no Parque da Pecuária, o governador Renan Filho (PMDB) repudiou o ato dos policiais.
"Na verdade a secretaria não merece sepultamento. Alagoas é o estado que reduz a violência, enquanto os dados no Brasil só cresce. O que ocorre é que eles querem ganhar mais em um momento de crise. Eles queriam um reajuste que era mais que o dobro do salário e isso não podemos ofertar", afirma Renan.
Sobre os dados de homicídios repassados pelos policiais civis, o governador disse que os números diminuíram e que a pretensão é retirar Alagoas do ranking dos mais violentos do país.
"Em setembro, registramos o menor número de homicídios desde 2012. Ontem tivemos dois homicídios ligados ao tráfico. O nosso sistema não é infalível e nós trabalhamos para dar respostas mais rápidas para a população", diz.
Na quarta (26), o delegado e gerente de Estatística e Informática (Geinfo) Aydes Ponciano Dias Júnior desaconselhou o uso de coletes balísticos vencidos pela PC em Alagoas. A portaria com a decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
Segundo o Sindpol, Alagoas continua em 1º lugar no ranking de violência do Brasil por conta do descaso com as reivindicações dos profissionais de segurança pública.
Os policiais reivindicam o cumprimento da pauta de negociações, que contém 23 itens. Entre eles, o reajuste do piso salarial, a revisão do Plano de Cargos, Carreira e Subsídios (PCCS), o pagamento de risco de vida e de insalubridade, o fim do desvio de função que é a custódia de preso, o plano de saúde mantido pelo Estado, entre outros.
Segundo o Sindpol, o Governo de Alagoas não concedeu nenhum desses itens à categoria. Na terça (26), os policiais civis paralisaram as atividades por 24 horas.
O vice-diretor jurídico do Sindpol, Ricardo Nazário, relatou que 95% dos coletes balísticos da Polícia Civil estão vendidos, “Estamos aqui para sepultar a segurança pública do estado, pois não temos segurança para trabalhar. O último lote de coletes se vence no dia 7 de novembro. O delegado-geral [Paulo Cerqueira] disse que até dezembro os coletes vão chegar, mas caso eles não sejam entregues, haverá greve geral, porque não temos condições de trabalhar assim”, disse.
De acordo com Nazário, em 21 meses aconteceram 3.175 homicídios, 5.961 assaltos a pedestres, 4.500 roubos de veículos e 952 estupros em Alagoas. Na segunda-feira (31), os policiais civis irão realizar uma assembleia geral no Auditório do Sindicato dos Urbanitários, às 13h, onde irão discutir se a categoria entrará em greve.
Governador repudia ato
Durante solenidade da abertura do Proleite, realizado na manhã desta quinta, no Parque da Pecuária, o governador Renan Filho (PMDB) repudiou o ato dos policiais.
"Na verdade a secretaria não merece sepultamento. Alagoas é o estado que reduz a violência, enquanto os dados no Brasil só cresce. O que ocorre é que eles querem ganhar mais em um momento de crise. Eles queriam um reajuste que era mais que o dobro do salário e isso não podemos ofertar", afirma Renan.
Sobre os dados de homicídios repassados pelos policiais civis, o governador disse que os números diminuíram e que a pretensão é retirar Alagoas do ranking dos mais violentos do país.
"Em setembro, registramos o menor número de homicídios desde 2012. Ontem tivemos dois homicídios ligados ao tráfico. O nosso sistema não é infalível e nós trabalhamos para dar respostas mais rápidas para a população", diz.
Na quarta (26), o delegado e gerente de Estatística e Informática (Geinfo) Aydes Ponciano Dias Júnior desaconselhou o uso de coletes balísticos vencidos pela PC em Alagoas. A portaria com a decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
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