Aluno da Ufal rasga cartazes referentes ao socialismo com apoio de suposto militar do Exército

A ação de um acadêmico de engenharia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) causou polêmica entre estudantes do Campus A.C. Simões, em Maceió.
O aluno, identificado como Antônio David, estava no prédio do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), e retirou cartazes relacionados ao socialismo e o feminismo e, em seguida, postou sua ação em sua página nas redes sociais. O ato do estudante contou com o apoio de um militar do Exército Brasileiro.
Antônio David publicou ainda uma foto em frente a imagens de Karl Marx e Friedrich Engels, com os dizeres "Ufal sendo lavada a jato". Na publicação, David classificou a atitude como "um ato de coragem", descrevendo-o ainda como uma "repressão massiva". Por fim, postou um recado audacioso para os estudantes contrários aos movimentos de direita:
1° observação - Aos alunos que querem homenagear Bolsonaro prestando continência em fotos, façam corretamente pelo amor de Jesus Cristo !! Cotovelo na altura do ombro com antebraço, punho e mão ereta ao lado da testa, como segue o exemplo do militar ao lado.
2° observação - Aos esquerdinhas, levei apenas um militar, se chorarem muito, na próxima levarei a tropa toda para limpar esse pandemônio.
@souufal
A postagem na rede social recebeu apoio e críticas de estudantes, com 97 curtidas e oito reprovações até o início da noite desta terça. Houve também 22 compartilhamentos e 548 comentários.
Em um dos compartilhamentos, Antônio David agradeceu àqueles que lhe externaram apoio e confirmou que agiu acompanhado de um militar do Exército, que, armado, teria intimidado estudantes que se encontravam nas dependências do bloco de Ciências Humanas. Por fim, ele afirma que "esses parasitas [em referência aos socialistas] devem ser expurgados da Ufal".
Nota de repúdio
Em nota, a reitora da Ufal, professora Maria Valéria Correia, e o vice-diretor do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), professor Alberto Vivar Flores, repudiaram o ato da estudante.
Confira a nota na íntegra:
A reitora da Universidade Federal de Alagoas, professora Maria Valéria Correia, e o vice-diretor do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), professor Alberto Vivar Flores, repudiam veementemente os acontecimentos envolvendo a comunidade acadêmica do Instituto, que relatou atos de violência, intimidação, perseguição e extremismo na localidade, conforme pode ser visualizado em postagens e vídeos que circulam nas redes sociais.
Segundo informação dos estudantes e professores, integrantes do movimento intitulado "Nacionalistas" chegaram ao local acompanhados de uma pessoa vestida com a indumentária alusiva ao Exército Brasileiro, portando arma, arrancando e rasgando cartazes. Uma professora, inclusive, relatou que sofreu agressão verbal e que houve ameaça de lançamento de um explosivo no Instituto.
No perfil do Facebook de um defensor do movimento, consta o seguinte: "Não somos doces, somos amargos!!!! Repressão constante e massiva. Aos esquerdinhas, levei apenas um militar, se chorarem muito, na próxima levarei à (sic) tropa toda para limpar esse pandemônio".
Diante desses acontecimentos, a gestão da Universidade reitera o princípio da pluralidade e o espírito democrático, não admitindo qualquer forma de repressão, perseguição ou coação. Por isso, o caso já foi encaminhado à Procuradoria Federal para que seja realizada uma apuração interna e tomada das providências legais cabíveis.
Maceió/AL, 05 de outubro de 2016.
Maria Valéria Correia - Reitora
Alberto Vivar Flores - Vice-diretor do ICHCA
O aluno, identificado como Antônio David, estava no prédio do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), e retirou cartazes relacionados ao socialismo e o feminismo e, em seguida, postou sua ação em sua página nas redes sociais. O ato do estudante contou com o apoio de um militar do Exército Brasileiro.
Antônio David publicou ainda uma foto em frente a imagens de Karl Marx e Friedrich Engels, com os dizeres "Ufal sendo lavada a jato". Na publicação, David classificou a atitude como "um ato de coragem", descrevendo-o ainda como uma "repressão massiva". Por fim, postou um recado audacioso para os estudantes contrários aos movimentos de direita:
1° observação - Aos alunos que querem homenagear Bolsonaro prestando continência em fotos, façam corretamente pelo amor de Jesus Cristo !! Cotovelo na altura do ombro com antebraço, punho e mão ereta ao lado da testa, como segue o exemplo do militar ao lado.
2° observação - Aos esquerdinhas, levei apenas um militar, se chorarem muito, na próxima levarei a tropa toda para limpar esse pandemônio.
@souufal
A postagem na rede social recebeu apoio e críticas de estudantes, com 97 curtidas e oito reprovações até o início da noite desta terça. Houve também 22 compartilhamentos e 548 comentários.
Em um dos compartilhamentos, Antônio David agradeceu àqueles que lhe externaram apoio e confirmou que agiu acompanhado de um militar do Exército, que, armado, teria intimidado estudantes que se encontravam nas dependências do bloco de Ciências Humanas. Por fim, ele afirma que "esses parasitas [em referência aos socialistas] devem ser expurgados da Ufal".
Nota de repúdio
Em nota, a reitora da Ufal, professora Maria Valéria Correia, e o vice-diretor do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), professor Alberto Vivar Flores, repudiaram o ato da estudante.
Confira a nota na íntegra:
A reitora da Universidade Federal de Alagoas, professora Maria Valéria Correia, e o vice-diretor do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), professor Alberto Vivar Flores, repudiam veementemente os acontecimentos envolvendo a comunidade acadêmica do Instituto, que relatou atos de violência, intimidação, perseguição e extremismo na localidade, conforme pode ser visualizado em postagens e vídeos que circulam nas redes sociais.
Segundo informação dos estudantes e professores, integrantes do movimento intitulado "Nacionalistas" chegaram ao local acompanhados de uma pessoa vestida com a indumentária alusiva ao Exército Brasileiro, portando arma, arrancando e rasgando cartazes. Uma professora, inclusive, relatou que sofreu agressão verbal e que houve ameaça de lançamento de um explosivo no Instituto.
No perfil do Facebook de um defensor do movimento, consta o seguinte: "Não somos doces, somos amargos!!!! Repressão constante e massiva. Aos esquerdinhas, levei apenas um militar, se chorarem muito, na próxima levarei à (sic) tropa toda para limpar esse pandemônio".
Diante desses acontecimentos, a gestão da Universidade reitera o princípio da pluralidade e o espírito democrático, não admitindo qualquer forma de repressão, perseguição ou coação. Por isso, o caso já foi encaminhado à Procuradoria Federal para que seja realizada uma apuração interna e tomada das providências legais cabíveis.
Maceió/AL, 05 de outubro de 2016.
Maria Valéria Correia - Reitora
Alberto Vivar Flores - Vice-diretor do ICHCA
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