Família de soldado morto em queda de helicóptero receberá indenização do Estado

Por Redação com Gazeta Web 20/09/2016 11h11 - Atualizado em 20/09/2016 14h02
Por Redação com Gazeta Web 20/09/2016 11h11 Atualizado em 20/09/2016 14h02
Família de soldado morto em queda de helicóptero receberá indenização do Estado
Foto: Reprodução
Foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (20) a lei que concede pensão especial à mãe do soldado Diogo de Melo Gonzaga, morto na queda do helicóptero do Grupamento Aéreo da PM, em setembro de 2015. Liziane Marinho de Melo vai receber a quantia mensal de R$ 3.936,26.

De acordo com o documento, além de vitalício, o pagamento tem caráter indenizatório, devido ao acidente, e não prejudica eventuais benefícios de natureza previdenciária. O pagamento também não poderá ser transferido para nenhum outro dependente ou herdeiro.

O valor da Pensão Especial Honoris Causa também será reajustado, automaticamente, na mesma ocasião e nos mesmos percentuais em que o forem, em caráter geral, as demais pensões especiais pagas pelo Estado. As despesas com a execução da lei serão retiradas do Tesouro Estadual.

Além de Diogo Melo, também morreu na queda do helicóptero o major CB Milton Carnaúba, o capitão PM Mário Henrique de Assunção e o soldado Marcos de Moura Pereira. Os quatro estavam na aeronave da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) que caiu nas proximidades do Aeroclube de Maceió, no bairro de Santa Lúcia.

Investigação

O episódio foi investigado tanto pela Polícia Civil quanto pelo Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II), que concluiu, no mês passado, que a aeronave não apresentou falha mecânica. Segundo os técnicos, aspectos operacionais (falha humana) foram a provável causa da tragédia.

Na análise minuciosa feita no local do acidente e nas peças, não ficou evidente, segundo o coronel aviador da reserva José Roberto Mendes da Silva, líder da equipe de investigadores, qualquer indício de falha mecânica.

Foram 10 meses de investigação até que se chegasse a este relatório. Durante a investigação, engenheiros brasileiros e americanos vieram a Alagoas e entraram em consenso, após analisarem os destroços, de que não havia falha técnica, mas um provável erro operacional.

Para os investigadores, pode ter acontecido uma manobra que tornou o acidente irreversível. A investigação se baseou em hipóteses, já que a equipe não contou com simulador do voo (não foi possível junto à empresa fabricante), com a caixa-preta e também não tem indícios de falha técnica.

Já o inquérito da PC, comandado pelo delegado Manoel Acácio Júnior, aguarda o relatório final para fechar o caso.