Agentes penitenciários encontram armas e drogas no Presídio do Agreste

Por Redação com Gazetaweb 11/09/2016 17h05 - Atualizado em 12/09/2016 11h11
Por Redação com Gazetaweb 11/09/2016 17h05 Atualizado em 12/09/2016 11h11
Agentes penitenciários encontram armas e drogas no Presídio do Agreste
Foto: Cortesia Agentes Penitenciários
Agentes penitenciários do Presídio do Agreste, situado em Girau do Ponciano, apreenderam, na noite de sábado (10), drogas e armas artesanais durante uma inspeção realizada nos módulos. De acordo com informações, a quantidade de materiais é fruto da separação feita há pouco tempo, entre os membros de duas facções criminosas existentes no presídio.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen/AL), Kleyton Anderson Bertoldo, os agentes iniciaram uma inspeção minuciosa no pátio e em todas as celas do presídio. Em todos os módulos foram encontradas várias armas artesanais, incluindo facas que serviam para serrar as grades durante as tentativas de fuga. Além disso, os servidores encontraram uma quantidade de drogas não especificada.

Todo material foi encontrado dentro das mesas da sala de recreação do presídio. "Não se sabe como os materiais entraram ali dentro. Sempre há essas inspeções, mas a de ontem apreendeu um grande número de armas devido à separação feita entre integrantes de duas facções, de forma que os detentos se armam para qualquer confronto que venha a existir", explicou.

O sindicalista lamentou as deficiências do sistema de gestão público-privada no Presídio do Agreste, que é administrado por uma empresa e, em paralelo, conta com o trabalho dos agentes para as fiscalizações e o controle de situações, como motim e rebelião.

"Se encontramos todo esse material nas celas, a responsabilidade é da empresa privada também, que administra o local. Inclusive, cerca de 50 profissionais da empresa atuam no presídio, o que poderia evitar situações como esta, se compararmos com o pequeno efetivo de agentes para dar conta de 800 detentos", comentou o presidente.

Uma sindicância será aberta para apurar o fato e, posteriormente, um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) pela Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris).

Veja o vídeo: