A novela do acordo da Vale Dourado e dos ex-funcionários continua. Um grupo de demitidos entrou em contato com o Portal Já é Notícia para efetuar uma denúncia contra a empresa. Eles cobram seus direitos trabalhistas não cumpridos.

No início de agosto, cerca de 70 ex-funcionários da fábrica realizaram uma manifestação em frente à sede, localizada na Rodovia Graciliano Ramos, KM-2, em Palmeira dos Índios, para reivindicar as parcelas de um acordo salarial que estão em atraso.

De acordo com a denúncia, a ‘Vale’ demitiu cerca de 200 funcionários. Alegando não ter condições de pagar o valor da rescisão, ela propôs um parcelamento de até no máximo 15 vezes, mas muitos não aceitaram. Após a empresa pagar as duas primeiras, ela parou de pagar. A diretoria alegou novamente não ter condições de pagar o valor que ela mesma escolheu. Os funcionários que aceitaram ficaram no prejuízo.

Após três meses, a Vale Dourado fez uma nova proposta para que a parcela fosse paga no valor fixo de R$300,00(trezentos reais). Alguns funcionários iriam ficar recebendo R$300,00 até 2022, sem nenhuma garantia. O fato gerou ainda mais revolta, pois a maioria tem muitos anos de serviços prestados à empresa e com idade entre 40 e 60 anos.

Segundo um dos denunciantes, que preferiu não revelar sua identidade, no dia do protesto, que começou por volta das 7h00, a diretoria atendeu os funcionários somente às 18h00. Na reunião, um novo acordo foi proposto, seriam parcelas de R$500,00para pagamento imediato, mas muitos funcionários não receberam. Quatro dos seis que participaram da reunião foram indiciados para manter uma distância de 1 km da empresa, alegando ser os “organizadores” do protesto.

Por causa disso, muitos dos demitidos estão passando por dificuldades financeiras e acumulando inúmeras contas vencidas, sem previsão de pagamento.

A equipe de redação do Portal Já é Notícia entrou em contato com a direção da empresa Vale Dourado, mas não obteve retorno.