Ministério vai usar app gay para dar orientações sobre HIV na Olimpíada

O Ministério da Saúde vai usar um aplicativo de encontro gay para dar orientações sobre HIV e Aids durante a Olimpíada Rio 2016. Jovens capacitados pela pasta estarão o tempo todo online no aplicativo Hornet, que tem mais de 1 milhão de usuários no Brasil, entre 1° de agosto a 18 de setembro. A intenção é atingir entre 5 a 7 mil usuários.
A estratégia faz parte da campanha "Close Certo", lançada nesta sexta-feira (29) pelo ministério com o objetivo de dar orientações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da doença durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil.
Serão 15 colaboradores e três tutores que terão os perfis sinalizados com um laço azul. Eles são voluntários de diversos estados. O grupo vai tirar dúvidas sobre prevenção, diagnóstico e acesso a antirretrovirais por quem teve sexo com alguém que faz parte de algum grupo de risco. Assim que a campanha começar, uma mensagem de aviso será encaminhada a todos os usuários do aplicativo.
“É uma linguagem específica entre o público gay. É o canal certo de comunicação entre esse público, pode passar a mensagem de forma muito melhor do que um relatório nosso da ONU”, disse Georgiana Orillard, diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).
Os integrantes da campanha também podem esclarecer dúvidas sobre outras doenças sexualmente transmissíveis. A ação é voltada principalmente a homens gays e HSH (homens que fazem sexo com outros homens), que são o público mais vulnerável.
A ação é uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Crescimento nos casos
Em 2004, a taxa de detecção entre jovens de 15 a 24 anos foi de 9,5 casos por 100 mil habitantes, com 3.419 casos notificados. Em 2014, foram 4.669 casos, o que representa uma taxa de detecção de 13,4 por 100 mil habitantes. Isso representa um crescimento de 41% em 11 anos.
Segundo a diretora do departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, a diferença entre gerações tem impacto nesse resultado. “Temos 30 anos de epidemia e esses jovens de 15 a 24 que estão se infectando não viram o que os mais velhos presenciaram: a morte de amigos, de líderes, cantores, personagens importantes para a época. A evolução do tratamento fez com que a Aids não tivesse mais o aspecto que tinha no início. Isso faz com que esse temor fosse minimizado”, disse.
A ideia do "Close Certo" surgiu devido ao grande número de celulares e smartphones no país. “É um elo entre inovação e prevenção que atinge o jovem de hoje. Hoje temos 206 milhões de habitantes no Brasil, mas são 276 milhões de celulares. É o espaço em que os jovens estão”, completou Adele.
O momento da campanha abrange o período da Olimpíada devido ao número de estrangeiros que o país vai receber. “É importante nesse momento dar informação correta para população brasileira sendo que muitos HSH de outros países estarão aqui”, ressaltou a diretora.
A proposta faz parte de um projeto piloto, por isso está sendo iniciada por um grupo pequeno de 18 jovens colaboradores. Se tiver sucesso, poderá ser ampliada. O projeto inicial espera que cada colaborador faça pelo menos 50 interações por dia, o que resultaria em até 7 mil contatos.
Atualmente, o Brasil tem 800 mil casos de HIV. Nos últimos cinco anos, 12 mil pessoas infectadas morreram anualmente no país. No mundo, 2 milhões de pessoas são infectadas por ano.
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A estratégia faz parte da campanha "Close Certo", lançada nesta sexta-feira (29) pelo ministério com o objetivo de dar orientações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da doença durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil.
Serão 15 colaboradores e três tutores que terão os perfis sinalizados com um laço azul. Eles são voluntários de diversos estados. O grupo vai tirar dúvidas sobre prevenção, diagnóstico e acesso a antirretrovirais por quem teve sexo com alguém que faz parte de algum grupo de risco. Assim que a campanha começar, uma mensagem de aviso será encaminhada a todos os usuários do aplicativo.
“É uma linguagem específica entre o público gay. É o canal certo de comunicação entre esse público, pode passar a mensagem de forma muito melhor do que um relatório nosso da ONU”, disse Georgiana Orillard, diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).
Os integrantes da campanha também podem esclarecer dúvidas sobre outras doenças sexualmente transmissíveis. A ação é voltada principalmente a homens gays e HSH (homens que fazem sexo com outros homens), que são o público mais vulnerável.
A ação é uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
Crescimento nos casos
Em 2004, a taxa de detecção entre jovens de 15 a 24 anos foi de 9,5 casos por 100 mil habitantes, com 3.419 casos notificados. Em 2014, foram 4.669 casos, o que representa uma taxa de detecção de 13,4 por 100 mil habitantes. Isso representa um crescimento de 41% em 11 anos.
Segundo a diretora do departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, a diferença entre gerações tem impacto nesse resultado. “Temos 30 anos de epidemia e esses jovens de 15 a 24 que estão se infectando não viram o que os mais velhos presenciaram: a morte de amigos, de líderes, cantores, personagens importantes para a época. A evolução do tratamento fez com que a Aids não tivesse mais o aspecto que tinha no início. Isso faz com que esse temor fosse minimizado”, disse.
A ideia do "Close Certo" surgiu devido ao grande número de celulares e smartphones no país. “É um elo entre inovação e prevenção que atinge o jovem de hoje. Hoje temos 206 milhões de habitantes no Brasil, mas são 276 milhões de celulares. É o espaço em que os jovens estão”, completou Adele.
O momento da campanha abrange o período da Olimpíada devido ao número de estrangeiros que o país vai receber. “É importante nesse momento dar informação correta para população brasileira sendo que muitos HSH de outros países estarão aqui”, ressaltou a diretora.
A proposta faz parte de um projeto piloto, por isso está sendo iniciada por um grupo pequeno de 18 jovens colaboradores. Se tiver sucesso, poderá ser ampliada. O projeto inicial espera que cada colaborador faça pelo menos 50 interações por dia, o que resultaria em até 7 mil contatos.
Atualmente, o Brasil tem 800 mil casos de HIV. Nos últimos cinco anos, 12 mil pessoas infectadas morreram anualmente no país. No mundo, 2 milhões de pessoas são infectadas por ano.
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