Ossadas humanas estão 'abandonadas' em prédio desativado do IML de Maceió

Por via Gazetaweb 05/07/2016 10h10 - Atualizado em 05/07/2016 13h01
Por via Gazetaweb 05/07/2016 10h10 Atualizado em 05/07/2016 13h01
Ossadas humanas estão 'abandonadas' em prédio desativado do IML de Maceió
Foto: Juca Varella/ Folhapress
Dezenas de ossadas humanas estão abandonadas no antigo prédio do Instituto Médico Legal (IML) de Maceió, bairro do Prado. A denúncia foi feita pelo jornal Folha de São Paulo na manhã desta terça-feira (5) e mostra que parte dos restos humanos ainda está com etiqueta do Núcleo de Estatísticas e Análise Criminal (Neac) da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O prédio onde as ossadas foram encontradas está desativado há cerca de três anos, quando o órgão mudou-se para uma sede provisória devido à falta de estrutura da antiga unidade.

Segundo a reportagem, o local era utilizado para a análise de corpos que estavam em estado avançado de decomposição. Parte do material ainda se encontra em sacos utilizados para o transporte de corpos e em meio a folhas secas espalhadas pelo chão e pelo balcão do galpão. 

De acordo com a assessoria da Perícia Oficial de Alagoas (Poal), o órgão está tomando as devidas providências para a retirada das ossadas, mas antes é necessário fotografá-las e catalogar todo o material.

Ainda não há prazo para a retirada do material do local, mas como a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), proprietária do prédio, já solicitou a devolução do imóvel, a limpeza deve ser feita em breve.

Ainda de acordo com a assessoria, não há prazo para a retirada do material, mas que deve ser feita em breve, devido à solicitação de devolução do prédio feita pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), proprietária do local.

De acordo com a assessoria da Ufal, a solicitação de devolução do prédio não se deu apenas pelo material encontrado, mas sim porque a universidade tem outros projetos a serem realizados no complexo.

Em entrevista à Folha de São Paulo, o diretor do IML, o médico legista Fernando de Paula, explicou que o órgão possui 16 legistas, mas que o necessário seria o dobro para realizar o trabalho de catalogação em tempo hábil.