Único homem trans da PMPE é pioneiro na luta contra intolerância

O soldado Marcelo Viana dos Santos, 30 anos, é o único homem trans da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE). Quando entrou na corporação, em 2010, identificou-se como mulher. Apesar de estar em processo de transformação amadurecido, temia não ser aceito nos quadros da PM. Deu uma pausa na própria história como homem trans. A preocupação de Marcelo tinha sentido. Na época, o edital do concurso previa eliminação do candidato transexual com base nas patologias constantes no CID 10 (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Neste domingo, dia do concurso para preencher 1,5 mil vagas de soldado na PM, a história de Marcelo é simbólica. O edital deste ano voltou a repetir a exclusão de pessoas trans da seleção. Em audiência promovida pelo promotor Maxwell Vignolli, da 8ª Promotoria de Justiça de Direito da Cidadania de Recife, o governo do estado garantiu retirar a informação do documento em prazo estipulado. Inclusive já há uma sinalização da OMS de que, em breve, o termo “transexualismo” será retirado do rol de “transtornos de identidade sexual”.
A denúncia foi feita por representantes do Centro de Combate à Homofobia de Pernambuco. Em nome de um grupo de trans, o advogado Daniel Viana também pediu à Justiça o adiamento do concurso e nova abertura de inscrições, mas a ação foi negada. Ele alegou que muitas pessoas se sentiram prejudicadas pelas informações do edital e não se inscreveram.
Marcelo está com a transição completa. Fez mastectomia. Usa barba e hormônio diariamente. É casado com a servidora pública Jaqueline Martins, 40, mãe de quatro filhos. Na PM, trabalha na Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos. Hoje tem garantido o direito de usar o banheiro masculino e ser tratado com dignidade, conta. A conquista aconteceu após um processo sofrido, do qual não gosta de falar. Por determinação da Secretaria de Defesa Social, na época, foi removido de um batalhão para o Quartel do Derby. A vaga de soldado na PM sempre foi um sonho. Alimentado por um tio querido, que costumava lhe entregar o quepe de policial rodoviário federal nos encontros ainda na infância.
A passagem de Marcelo pela PM tem um sentido único para ele. A necessidade de pessoas trans ocuparem vagas de trabalho de importância primordial no combate à transfobia, como Justiça e polícias. “A sociedade está acostumada a marginalizar as pessoas trans, ofertando trabalhos secundários. O que mais vemos são homens e mulheres trans sendo violados e com medo de serem ridicularizados e tratados mal quando procuram a polícia. Se ocuparmos esses espaços, o tratamento com as pessoas trans será diferente”, reflete.
A história de Marcelo é simbólica porque ele não teme contá-la. Com isso, ajuda outras pessoas a enfrentarem o problema. Em um processo particular que envolveu muita tristeza, dúvidas, embates com a família e consigo próprio, ele parece ter vencido a parte mais difícil. Hoje se diz feliz. É um soldado trans da Polícia Militar de Pernambuco.
Neste domingo, dia do concurso para preencher 1,5 mil vagas de soldado na PM, a história de Marcelo é simbólica. O edital deste ano voltou a repetir a exclusão de pessoas trans da seleção. Em audiência promovida pelo promotor Maxwell Vignolli, da 8ª Promotoria de Justiça de Direito da Cidadania de Recife, o governo do estado garantiu retirar a informação do documento em prazo estipulado. Inclusive já há uma sinalização da OMS de que, em breve, o termo “transexualismo” será retirado do rol de “transtornos de identidade sexual”.
A denúncia foi feita por representantes do Centro de Combate à Homofobia de Pernambuco. Em nome de um grupo de trans, o advogado Daniel Viana também pediu à Justiça o adiamento do concurso e nova abertura de inscrições, mas a ação foi negada. Ele alegou que muitas pessoas se sentiram prejudicadas pelas informações do edital e não se inscreveram.
Marcelo está com a transição completa. Fez mastectomia. Usa barba e hormônio diariamente. É casado com a servidora pública Jaqueline Martins, 40, mãe de quatro filhos. Na PM, trabalha na Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos. Hoje tem garantido o direito de usar o banheiro masculino e ser tratado com dignidade, conta. A conquista aconteceu após um processo sofrido, do qual não gosta de falar. Por determinação da Secretaria de Defesa Social, na época, foi removido de um batalhão para o Quartel do Derby. A vaga de soldado na PM sempre foi um sonho. Alimentado por um tio querido, que costumava lhe entregar o quepe de policial rodoviário federal nos encontros ainda na infância.
A passagem de Marcelo pela PM tem um sentido único para ele. A necessidade de pessoas trans ocuparem vagas de trabalho de importância primordial no combate à transfobia, como Justiça e polícias. “A sociedade está acostumada a marginalizar as pessoas trans, ofertando trabalhos secundários. O que mais vemos são homens e mulheres trans sendo violados e com medo de serem ridicularizados e tratados mal quando procuram a polícia. Se ocuparmos esses espaços, o tratamento com as pessoas trans será diferente”, reflete.
A história de Marcelo é simbólica porque ele não teme contá-la. Com isso, ajuda outras pessoas a enfrentarem o problema. Em um processo particular que envolveu muita tristeza, dúvidas, embates com a família e consigo próprio, ele parece ter vencido a parte mais difícil. Hoje se diz feliz. É um soldado trans da Polícia Militar de Pernambuco.
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