Governador de Alagoas se mostra otimista com governo Temer

Por Redação com Gazetaweb 15/05/2016 16h04 - Atualizado em 15/05/2016 21h09
Por Redação com Gazetaweb 15/05/2016 16h04 Atualizado em 15/05/2016 21h09
Governador de Alagoas se mostra otimista com governo Temer
Foto: Reprodução
A maioria dos deputados federais da bancada de Alagoas acredita que o governo Michel Temer (PMDB) pode trazer uma nova realidade política, econômica e social para o país. Ao garantir que programas sociais serão mantidos e apontar a necessidade de revisão do pacto federativo, Temer faz um sinal para as necessidades do Congresso Nacional. O governador Renan Filho também se mostrou otimista e disse esperar um tratamento republicano com o novo chefe da presidência da República.

Em tese, o governo de Temer tem prazo de validade, mas é pouco provável que a presidente afastada volte ao cargo.

Apontado como um dos responsáveis por garantir um amplo apoio ao pedido de admissibilidade ao processo de impeachment na Câmara Federal, o agora ministro do Transportes, Maurício Quintella (PR), aposta suas fichas em Temer para retirar o país do problema político-social que se encontra. Quintellla já defendeu que um dos caminhos para mudar o cenário atual é buscar na privatização e na parceira público-privada os investimentos. Para o governador Renan Filho, é preciso fazer mais diante da realidade do País, assegurando atenção especial para os estados do Nordeste.

"A situação delicada que o Brasil enfrenta exige de todos, sobretudo dos homens públicos, equilíbrio, bom senso, responsabilidade. Alagoas espera do governo federal aquilo que sempre defendemos: tratamento digno, republicano e um esforço para chegarmos a um novo pacto federativo. Esperamos manter o diálogo aberto na questão das dívidas dos estados e municípios com a União, para que cheguemos a uma solução que ponha fim ao sufoco financeiro que vivemos", expôs Renan.

Para o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal, deputado Pedro Vilela (PSDB), a sensação que se tem em Brasília, hoje, é a que a presidente Dilma Rousseff (PT) estava sem as condições mínimas de governabilidade. O tucano ressaltou que o momento em que a Pátria passa é muito ruim e uma mudança de cenário era necessária para que a população brasileira pudesse sonhar com uma nova realidade. Vilela aponta também a importância de a operação Lava-Jato seguir '"normalmente".

O ex-prefeito de Maceió e deputado Cícero Almeida (PMDB), Marx Beltrão (PMDB) JHC (PSB) se mostram otimistas com o governo Temer. Para Cícero Almeida, a esperança que o Michel Temer consiga 'excelentes resultados em seis meses' representa o desejo da população brasileira, e não somente dos integrantes do Congresso Nacional. Marx Beltrão ressaltou que os parlamentares precisam lutar pela retomada da economia, controle da inflação dentro da meta e novos investimentos. "Os brasileiros anseiam pela volta de empregos. Acredito em dias melhores para o país e no parlamento venho dando a minha contribuição", pontuou Beltrão.

De acordo com JHC, o atual momento requer trabalho e serenidade de todos. Segundo ele, é preciso avaliar com extrema cautela os primeiros movimentos do novo governo para verificar se mudou apenas os atores, enquanto o cenário permanecerá o mesmo. "O que esperamos é simples: está na constituição, no seu artigo 37, basta agirem com legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, que terão meu total e irrestrito apoio. Caso contrário, será subestimar a inteligência da sociedade e, mais uma vez, virar as costas para nossa democracia", disse JHC.

Cientistas políticos avaliam que Michel Temer tem um prazo muito apertado para trazer resultados concretos para a realidade do país. Eles argumentam que, apesar de o peemedebista ter, em tese, uma ampla base de apoio no Congresso Nacional, as medidas que serão enviadas para a análise dos deputados e senadores são impopulares, sobretudo, a que versa sobre o reajuste de impostos e a reforma da Previdência. Os cientistas políticos acreditam que a oposição dos partidos apresentados como de 'esquerda' será dura.