Com paralisação de 24h nos Correios, 250 mil cartas devem se acumular em Alagoas

Por via Gazetaweb 27/04/2016 10h10 - Atualizado em 27/04/2016 13h01
Por via Gazetaweb 27/04/2016 10h10 Atualizado em 27/04/2016 13h01
Com paralisação de 24h nos Correios, 250 mil cartas devem se acumular em Alagoas
Foto: Divulgação
Cerca de 250 mil correspondências não serão entregues no Estado nas próximas 24 horas em função de uma paralisação dos funcionários dos Correios. Eles se reuniram nesta quarta-feira (27), em um ato público em frente à agência da Rua do Sol, no Centro de Maceió, para protestar contra a falta de condições de trabalho.

A paralisação, que acontece até quinta (28), envolve carteiros, operadores de triagem, atendentes comerciais e a área administrativa. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa dos Correios, Altannes Holanda, falta combustível para a frota de quase 300 veículos e os pneus estão carecas.

Além disso, aponta ele, a categoria luta ainda contra a falta de segurança, a carência de 100 carteiros no Estado - hoje Alagoas conta com 106 agências e aproximadamente 600 carteiros - e contra a privatização dos Correios. A mobilização, porém, acontece nacionalmente.

"A falta de atenção dada pela direção dos Correios é proposital, porque querem jogar a população, que já está revoltada com a demora na entrega, contra a categoria, abrindo margem para a privatização. Se houver a privatização, o dinheiro será destinado para o bolso dos empresários. Nós e a população alagoana precisamos de respeito".

Em Alagoas, o ato conta com 250 funcionários, que seguiram em passeata em direção ao Ministério Público do Trabalho, onde protocolaram um ofício com todas as reivindicações. De lá, eles seguiram para o prédio do antigo Produban, também no Centro, para uma concentração.

O presidente do sindicato ressaltou que a categoria vai fazer hora extra para dar conta da demanda acumulada pela paralisação. "Hoje, várias agências do interior estão fechadas. Para a entrega das cartas que não vão chegar à população neste dia, faremos hora extra ainda esta semana para repor a demanda", afirmou Altannes.

Ele disse que a categoria não pede novo concurso público, mas quer também que sejam chamados os que estão no cadastro de reserva do concurso de 2011. "Entramos na Justiça Federal e houve a prorrogação do prazo. Há 200 candidatos esperando uma resposta", reforçou.