STF adia julgamento sobre posse do ex-presidente Lula na Casa Civil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, decidiu, nesta quarta-feira (20), adiar o julgamento que irá decidir se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode assumir a chefia da Casa Civil no governo Dilma Rousseff.
As ações que contestam a nomeação de Lula serão julgadas em nova sessão destinada também a discutir as arguições de descumprimento de preceito fundamental (ADPFs) sobre o tema, que estão sobre relatoria do ministro Teori Zavascki – autor do pedido para adiar o julgamento desta quarta-feira (20).
Apesar de informalmente o petista já atuar nos bastidores nas articulações políticas, os ministros da Corte devem discutir se a nomeação de Lula foi contaminada pela tentativa de conceder ao ex-presidente o foro privilegiado, o que pode levar a nomeação a ser considerada um ato com desvio de finalidade, ou se Dilma tem a possibilidade de nomeá-lo para trabalhar no Planalto.
A perspectiva é de que o debate gere uma divisão na Corte. Três dos 11 ministros da composição atual foram indicados por Lula para o Tribunal e outros cinco, por Dilma.
O caso está sob relatoria do ministro Gilmar Mendes, tido como maior crítico ao governo atual dentro da Corte. Há mais de um mês, a posse de Lula na Casa Civil foi suspensa por ele em decisão liminar que atendeu a mandados de segurança propostos pelo PSDB e pelo PPS. Na ocasião, o ministro entendeu que o petista aceitou o cargo para ser detentor de foro privilegiado e, assim, escapar de uma investigação por parte do juiz federal Sérgio Moro, condutor da Operação Lava Jato na primeira instância, o que classificou como uma "obstrução ao progresso das medidas judiciais".
A conversa ao telefone interceptada pela Lava Jato, na qual Dilma diz a Lula que enviaria o termo de posse ao ex-presidente antes da cerimônia para assumir o cargo é usada por Mendes para corroborar a decisão.
Até agora, parte dos ministros admite possibilidade de seguir o posicionamento de Mendes no julgamento desta quarta-feira. Há uma corrente no Tribunal, no entanto, que levanta questionamentos sobre a possibilidade de intervenção da Corte no ato político de nomeação de ministro por parte da Presidência da República.
Um dos ministros admite que seria saudável que os magistrados conversassem sobre a questão para evitar ruídos no julgamento. Desde segunda-feira (18), o advogado de Lula fez uma romaria por gabinetes de ministros do STF.
A expectativa de integrantes do Supremo recai sobre o voto do ministro Dias Toffoli, que foi advogado-geral da União no governo Lula até ser indicado pelo petista ao STF. Ele, no entanto, não esconde em conversas reservadas descontentamento com a gestão da presidente Dilma.
O parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é pela anulação do decreto da presidente que deu posse ao seu padrinho. Segundo o PGR, a nomeação do petista é "mais uma iniciativa" praticada com intenção de "tumultuar o andamento das investigações criminais". "Os fatos que antecederam e se seguiram à nomeação e posse de Luiz Inácio Lula da Silva no cargo de ministro-chefe da Casa Civil corroboram a conclusão de desvio de finalidade do ato", escreveu o procurador-geral.
Corte acovardada
Quando os áudios do ex-presidente foram divulgados por Moro, o decano do Tribunal, ministro Celso de Mello, deu uma resposta ao ex-presidente dizendo, em plenário, que a afirmação foi "leviana". Em uma das conversas grampeadas pela Lava Jato, Lula afirma que "temos uma Suprema Corte totalmente acovardada".
"Esse insulto traduz reação torpe e indigna, típica de mentes autocráticas e arrogantes que não conseguem esconder o temor pela prevalência do império da lei e o receio pela atuação firme justa, impessoal e isenta de juízes", criticou Celso de Mello na ocasião. Os ministros do Tribunal se incomodaram com as declarações do ex-presidente.
As ações que contestam a nomeação de Lula serão julgadas em nova sessão destinada também a discutir as arguições de descumprimento de preceito fundamental (ADPFs) sobre o tema, que estão sobre relatoria do ministro Teori Zavascki – autor do pedido para adiar o julgamento desta quarta-feira (20).
Apesar de informalmente o petista já atuar nos bastidores nas articulações políticas, os ministros da Corte devem discutir se a nomeação de Lula foi contaminada pela tentativa de conceder ao ex-presidente o foro privilegiado, o que pode levar a nomeação a ser considerada um ato com desvio de finalidade, ou se Dilma tem a possibilidade de nomeá-lo para trabalhar no Planalto.
A perspectiva é de que o debate gere uma divisão na Corte. Três dos 11 ministros da composição atual foram indicados por Lula para o Tribunal e outros cinco, por Dilma.
O caso está sob relatoria do ministro Gilmar Mendes, tido como maior crítico ao governo atual dentro da Corte. Há mais de um mês, a posse de Lula na Casa Civil foi suspensa por ele em decisão liminar que atendeu a mandados de segurança propostos pelo PSDB e pelo PPS. Na ocasião, o ministro entendeu que o petista aceitou o cargo para ser detentor de foro privilegiado e, assim, escapar de uma investigação por parte do juiz federal Sérgio Moro, condutor da Operação Lava Jato na primeira instância, o que classificou como uma "obstrução ao progresso das medidas judiciais".
A conversa ao telefone interceptada pela Lava Jato, na qual Dilma diz a Lula que enviaria o termo de posse ao ex-presidente antes da cerimônia para assumir o cargo é usada por Mendes para corroborar a decisão.
Até agora, parte dos ministros admite possibilidade de seguir o posicionamento de Mendes no julgamento desta quarta-feira. Há uma corrente no Tribunal, no entanto, que levanta questionamentos sobre a possibilidade de intervenção da Corte no ato político de nomeação de ministro por parte da Presidência da República.
Um dos ministros admite que seria saudável que os magistrados conversassem sobre a questão para evitar ruídos no julgamento. Desde segunda-feira (18), o advogado de Lula fez uma romaria por gabinetes de ministros do STF.
A expectativa de integrantes do Supremo recai sobre o voto do ministro Dias Toffoli, que foi advogado-geral da União no governo Lula até ser indicado pelo petista ao STF. Ele, no entanto, não esconde em conversas reservadas descontentamento com a gestão da presidente Dilma.
O parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é pela anulação do decreto da presidente que deu posse ao seu padrinho. Segundo o PGR, a nomeação do petista é "mais uma iniciativa" praticada com intenção de "tumultuar o andamento das investigações criminais". "Os fatos que antecederam e se seguiram à nomeação e posse de Luiz Inácio Lula da Silva no cargo de ministro-chefe da Casa Civil corroboram a conclusão de desvio de finalidade do ato", escreveu o procurador-geral.
Corte acovardada
Quando os áudios do ex-presidente foram divulgados por Moro, o decano do Tribunal, ministro Celso de Mello, deu uma resposta ao ex-presidente dizendo, em plenário, que a afirmação foi "leviana". Em uma das conversas grampeadas pela Lava Jato, Lula afirma que "temos uma Suprema Corte totalmente acovardada".
"Esse insulto traduz reação torpe e indigna, típica de mentes autocráticas e arrogantes que não conseguem esconder o temor pela prevalência do império da lei e o receio pela atuação firme justa, impessoal e isenta de juízes", criticou Celso de Mello na ocasião. Os ministros do Tribunal se incomodaram com as declarações do ex-presidente.
Últimas Notícias

Arapiraca
Batida de frente envolve dois carros perto da entrada do Sítio Bom Nome, em Arapiraca

Cidades
Entre a farda e os versos, policial alagoano transforma a própria vida em poesia

Arapiraca
VÍDEO: Operação integrada mira venda de produtos ilícitos na Feira da Troca, em Arapiraca

Cidades
Vídeo mostra motociclista em alta velocidade atropelando mulher com criança no colo em faixa de pedestres, em AL

Arapiraca
Idoso de 74 anos é encontrado morto no quintal de residência em Arapiraca
Vídeos mais vistos

TV JÁ É
Festa termina com jovem morta e dois feridos no Agreste alagoano

TV JÁ É
Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca

Geral
Morte em churrascaria de Arapiraca

TV JÁ É
Arapiraca tem uma rua chamada 'Super Nintendo'?

TV JÁ É